Enviada em: 11/06/2017

Compaixão irracional   Maus tratos. Péssimas condições. Lucro acima da vida. Esses são alguns dilemas que os animais silvestres estão dispostos a enfrentar no Brasil, devido ao seu comércio ilegal, o que pode levar extinção de uma espécie e ao desequilíbrio ecológico de uma região. Logo, há de se entender o porquê da permanência de tal problemática, a fim de minimizá-la.   À vista disso, deve-se considerar que, com a manutenção de Zoológicos, o governo incentiva a realização de tal crime, dado que banaliza o uso de seres vivos como meio de entretenimento. Desse modo, há o aumento de compra de animais vindos de tráfico para o uso espetacularizado destes. Nesse contexto, mostra-se evidente que, mesmo que tais lugares sirvam de centros de pesquisa ou de reabilitação, é fundamental modificar as suas disposições, encerrando com o uso indevido de tais seres, em prol da melhoria da qualidade de vida destes. Diante disso, é essencial inverter tal questão, para que não haja a sua conservação.    Acresça-se a isso a sociologia funcionalista de Durkheim, a qual determina que, para uma sociedade ser coesa, as Instituições Sociais devem funcionar perfeitamente. Contudo, no Brasil, isso não é realidade, principalmente em relação à educação. Assim, as escolas não ensinam o devido respeito que deve ser dado aos animais e as suas importâncias, formando indivíduos sem consciência que não enxergam tais seres como uma vida, mas como algo a ser adquirido. Dessa maneira, muitos cidadãos compram objetos de couro, por exemplo, e animais, sem saber as suas verdadeiras origens, contribuindo para o aumento do tráfico de seres silvestres. Esse quadro leva à persistência de tal situação, sendo crucial erradicá-la.   Assim sendo, é primordial remodular o macrocosmo social brasileiro. Nesse âmbito, cabe às ONGs lutarem pelo fim de Zoológicos, através de protestos físicos e virtuais, visando ao fim do uso de animais como meio de entretenimento, diminuindo o comércio ilegal deles. Ainda, é de responsabilidade das escolas formar pessoas que respeitem outros seres vivos, por meio de visitas culturais a parques nacionais e à santuários, objetivando gerar uma sociedade consciente da fragilidade e da importância dos animais. Ademais, é imprescindível que a mídia evidencie a realidade desses seres, com o uso de documentários que mostrem os danos e o longo processo de reabilitação destes, diminuindo as suas compras e o número de vendas, para que, assim, a humanidade se reinvente em um mundo mais amigável e agradável para todas as formas de vida. Afinal, segundo Darwin, "a compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana".