Enviada em: 05/10/2017

No início do século XVI, com a vinda oficial da colonização portuguesa ao Brasil, se propagou a ideia de que os recursos do país eram infinitos. A exploração da fauna e flora brasileira, alimentou o modelo econômico da época, o mercantilismo. Com isso em vista, percebe-se que o problema do comércio ilegal de animais silvestres no Brasil está diretamente ligado a realidade deste, seja pela grande dificuldade de fiscalização, seja pela ineficácia das leis. Por isso cabe ao Governo e Sociedade se unirem para garantir a devida qualidade de vida para a fauna e aves do Brasil, além da devida punição aos que traficam.  É seguro dizer que o principal fator desse problema é a falta de uma política específica e a sua devida aplicação. Para Saint-John Perse, a democracia, mais do que qualquer outro regime, exige o exercício da autoridade. Nesse contexto, percebe-se a lentidão do sistema brasileiro, que vai de encontro com a ideia do sociólogo, pois, alimenta a flexibilidade dos criminosos, pela falta de punições mais severas para a gravidade do crime. Dessa forma, o reforço da prática da regulamentação de leis rígidas como forma de combate à problemática é uma necessidade, e não um fato opcional.   Outro fator que agrava esse problema é a grande extensão territorial do Brasil, que chega aos 8.516.000 km². Segundo dados divulgados pelo IBGE, cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados todos os anos de seu habitat e nicho ecológico, movimento um comércio de mais de 2 bilhões de dólares. Assim, as ações de criminosos não só submetem os animais a condições insalubres de vida, mas também promovem o esvaziamento das florestas.   É evidente que medidas são, portanto, necessárias para resolver o impasse. Segundo Nelson Mandela, são as ações positivas as responsáveis pela mudança do mundo. Diante disso, a população deve ter papel ativo para a solução do problema, denunciando essa problemática através de vias onlines ou mesmo ramais de telefonia. Ademais, o Governo Federal deve dedicar parte da arrecadação da Receita para criar programas de monitoramento por meio de satélites, que possibilitem a real fiscalização desse problema. Por fim, o Legislativo deve criar leis que punam de forma mais severa os criminosos, tornando essa problemática um crime hediondo.