Enviada em: 07/06/2017

Caminho nutritivo  A ascensão do capitalismo na sociedade contemporânea criou uma realidade aonde a saúde e bem-estar são negligenciados em virtude do consumo de produtos de diversos setores industriais. Nesse sentido, hoje, é comum as pessoas verem a comida como "ostentação" e forma rápida de encontrar uma felicidade momentânea e não mais como uma fonte de energia. Dessa forma, o hábito alimentar dos brasileiros, em grande maioria, é preocupante para a saúde física e mental dos indivíduos.    Em uma primeira análise, cabe-se comentar que tal comportamento alimentar compulsivo é gerado por um cenário em que, muitas vezes, os pratos de menor valor são aqueles menos nutritivos, tornando a dieta equilibrada inalcançável para alguns indivíduos. Diante disso, famílias que possuem baixo poder aquisitivo acabam optando por refeições mais calóricas, visto que além de serem mais baratas são também vangloriadas pela massa social em função da cultura do consumismo. Sob essa ótica, Rousseau explica que o bem-estar do ser humano deve ser preservado por um contrato social com os governantes, o que contraria a situação presente no contexto do acesso à alimentação balanceada.    Além disso, é importante analisar que esse mal-hábito na alimentação gera uma série de doenças e distúrbios psicológicos na vida dos brasileiros. Isso ocorre, pois, muitas pessoas por causa do grande incentivo da mídia para o consumo de produtos industrializados, tornam-se viciadas nesses tipos de pratos. Diante disso, essas possuem grande dificuldade em balancear sua dieta e ingerir também opções nutritivas, o que pode gerar o desenvolvimento de doenças como diabetes e obesidade, além de problemas psicológicos como anorexia e bulimia. Sob esse prisma, Aristóteles afirma sobre a importância da justa-medida, ou seja, necessidade de ponderação das ações humanas, evitando os vícios e, assim, encontrando a felicidade. Diante disso, nota-se que o comportamento do brasileiro opõem-se a tal declaração.    Torna-se evidente, portanto, que o comportamento alimentar no Brasil é preocupante e precisa ser otimizado. Dessa maneira, é importante para que mais famílias possam consumir pratos balanceados, o Poder Executivo fiscalize os preços dos alimentos básicos tornando-os acessíveis para toda a população, por meio do estabelecimento de valores máximos para comestíveis essenciais a dieta, como arroz e feijão. Outra medida importante, para que a mídia influencie menos a população a ingerir alimentos calóricos, é que o Poder Legislativo crie leis que impeçam a grande circulação de comerciais de industrializados na TV e nas rádios, principalmente em canais infantis. Somente assim, a população começará a caminhar para uma dieta mais equilibrada e rica em nutrientes.