Melhorar a alimentação e nutrição da população é essencial para a melhoria da saúde pública. O consumo de alimentos tem duas principais funções: preservar a quantidade de nutrientes essenciais à sobrevivência e dar satisfação através da liberação de hormônios do prazer como serotonina e dopamina. O grande problema é que a vasta maioria da população só leva efetivamente em conta a parte do prazer e acabam esquecendo que alimentação vai muito além do deleite momentâneo. Os progressos na indústria de alimentos têm sido mencionados como uma das principais causas do aumento energético da dieta dos brasileiros. Isso devido ao grande consumo de carnes, açúcares, gorduras, refrigerantes e pela queda na ingestão de hortaliças, frutas e leguminosas. Desencadeando uma grande oferta de alimentos com maior disponibilidade de compra. O que explica o crescimento evidenciado no aparecimento de doenças crônicas relacionadas à alimentação, como a expansão de sobrepeso, obesidade, casos de doenças como diabetes tipo II, dislipidemias, cânceres e doenças cardiovasculares. De acordo com os dados do Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, cerca de 60% dos alimentos com maior teor de gordura fazem parte da alimentação diária da população, e uma das causas que justificam esses altos índices está no fato de esses alimentos darem uma sensação maior de saciedade, e mais do que isso, muitas vezes serem encontrados congelados, o que facilita e muito o preparo. Por isso, faz se necessário um incentivo para promover comportamentos alimentares saudáveis, principalmente no campo do valor agregado a eles, sendo os alimentos salutíferos mais caros do que os industriais. Sendo assim torna-se indispensável uma maior taxação feita pela receita federal, dos produtos alimentares com efeitos negativos á saúde, tornando assim mais acessível para a população a escolha de produtos benéficos. É de suma importância também, a conscientização da sociedade através de programas em escolas patrocinados pelo governo, com palestras e feiras culturais que mostrem os malefícios de uma alimentação ruim desde a infância, para que essas crianças possam criar uma consciência do que comer e dessa maneira evitar problemas futuros, provendo consequentemente uma melhor qualidade de vida.