Enviada em: 18/06/2017

Segundo o IBGE, a população brasileira mostra uma tendência contínua de redução da desnutrição e um aumento do sobrepeso em diferentes fases da vida. Isso está associado ao aumento da disponibilidade de alimentos no país, o que pode ser explicado em parte pela Revolução Verde e ao desenvolvimento da indústria de alimentos. No entanto, houve também uma maior oferta de produtos de alto teor de açúcar, sódio e gordura. Desse modo, percebe-se que tem crescido no brasileiro o hábito de consumir em excesso alimentos industrializados prejudiciais a saúde desde a infância e, por conseguinte, a incidência de doenças crônicas e mortes associadas à má alimentação.      Em primeira análise, pode-se observar que hoje, em boa parcela do país, há uma grande facilidade em adquirir produtos industrializados que, por serem saborosos, de fácil preparo e baratos, tornam-se primeira escolha das pessoas. Como boa parte da população, principalmente os moradores urbanos, carecem de tempo e demandam praticidade no dia a dia, alimentos processados e semi-prontos, ricos em sódio, se tornam ótimas opções aos que prezam mais por preço e rapidez do que qualidade. Contudo, as consequências desse hábito a longo prazo são desastrosas, já que somado ao estilo de vida sedentário eleva significativamente as chances de desenvolver doenças crônicas como dislipidemia, obesidade e hipertensão, o que pode culminar precocemente em doenças como AVC e infarto.      Além disso, nota-se que os hábitos alimentares dos jovens brasileiros contemporâneos são extremamente preocupantes. O Ministério da Saúde revelou que nos últimos 30 anos o sobrepeso aumentou cerca de 10% em crianças e adolescentes. Desse maneira, isso apenas ressalta as consequências do consumo inadvertido de refrigerantes, doces e alimentos congelados por menores que são reflexos de adultos negligentes que os alimentam. Com isso, não só a obesidade mostra-se preocupante, mas também o crescimento de doenças crônicas em crianças como o diabestes tipo II – oriunda comumente de organismos adultos e obesos.     Fica evidente, portanto, que a população brasileira tem aumentado o consumo de produtos industrializados ricos em sal, açúcar e gordura, o que prejudica sua saúde. Mostra-se necessário que o Ministério da Saúde promova peças publicitárias em redes televisivas que ensinem como se alimentar de maneira correta e alertem os riscos da má alimentação desestimulando o seu consumo. Ademais, é válido também que o Estado implemente incentivo fiscal a produtos naturais e não gordurosos para que, por meio da redução do preço, possa favorecer o maior consumo da população. Assim, o Brasil passará a comer melhor e tornar-se-á mais saudável.