Enviada em: 18/06/2017

A influência estadunidense é fruto da sua consolidação como potência mundial e como consequência os hábitos alimentares presentes nessa cultura foram disseminados pelo planeta. As grandes redes especializadas em "fast-food" estão instaladas em dezenas de países, incluindo o Brasil, acumulando milhões de clientes. Nesse sentido,  o comportamento alimentar brasileiro é reflexo da globalização e faz-se presente a necessidade de discussão acerca da qualidade nutricional dos produtos industrializados e da rotina como fator determinante nas escolhas alimentícias.       Quando Renato Russo, na música Geração Coca-Cola,  afirma "Nos empurraram os enlatados dos USA" e "desde pequenos nós comemos lixo comercial e industrial" corrobora a crítica aos hábitos alimentares e à indústria alimentícia. Os produtos oriundos dessa indústria apresentam as vantagens da praticidade e rapidez com que são preparados, como as refeições congeladas. Em contrapartida, estão presentes inúmeros conservantes e componentes desconhecidos pelos consumidores com o objetivo de aumentar a durabilidade dos alimentos. Dessa forma, há preferência pelo aspecto ou aparência em detrimento da qualidade nutricional.       Por outra perspectiva, os seres humanos necessitam alimentar-se frequentemente devido ao alto gasto energético para manter o bom funcionamento do metabolismo acrescido da ingestão de doses diárias de vitaminas. Diante das rotinas intensas de estudo e trabalho, pouco tempo é dedicado a preparação e alimentação, de fato, de comidas saudáveis. Nesse ínterim, a escolha pela refeição mais prática traz sérios malefícios ao organismo.  Doenças, como avitaminoses, obesidade, hipertensão, hiperglicemia e altos níveis de colesterol estão atingindo em ritmo acentuado pessoas mais jovens, consequência direta das escolhas alimentícias incorretas.       Portanto, o comportamento alimentar brasileiro é prejudicado pelos produtos industrializados e pela rotina agitada. Diante desse cenário alarmante, evidencia-se a necessidade de fiscalizações mais eficientes nas indústrias e de instrução à população. A Anvisa, agência reguladora, atrelada ao Ministério da Saúde deve intensificar as fiscalizações industriais e aumentar as exigências para melhores índices nutricionais a fim de garantir a qualidade dos produtos que são consumidos. Além disso, o poder legislativo das esferas estaduais e municipais, deve lançar peças publicitárias em outdoors, nas redes sociais e na televisão orientando acerca dos benefícios da alimentação saudável e os resultados negativos dos maus hábitos. É fundamental a abrangência da mobilização para informar e instruir diferentes segmentos sociais e faixas etárias distintas.