Enviada em: 11/08/2017

O crescimento do consumo de alimentos calóricos – ricos em gorduras e carboidratos – transformou o modo de vida da sociedade brasileira, oferecendo risco a uma dieta balanceada e saudável na medida em que contribuiu para o avanço dos índices de obesidade. A aceleração da vida moderna e a postura inconsequente de muitas empresas que atuam nesse ramo estão entre os principais agentes causadores dessa questão de saúde pública. Nesse sentido, convém analisar os aspectos que englobam os maus hábitos alimentares no Brasil.     Em primeira análise, é visível que o desenvolvimento da indústria alimentícia exerce papel dominante no incentivo à alimentação irregular. A expansão das conhecidas redes de fast-food propiciou a ampla oferta de refeições instantâneas dotadas de baixo valor nutricional e com preços acessíveis. Essas, ao oferecerem praticidade aos indivíduos apressados que buscam rapidez na hora de ingerir alimentos, contribuem para a substituição de pratos principais – como o almoço – por hambúrgueres e outros lanches de alto teor lipídico. Tal fato tem acarretado no ganho excessivo de peso pelos cidadãos brasileiros.     Ademais, muitas empresas do setor alimentício, motivados pela obtenção de lucros e incentivados pela fiscalização precária realizada pelos órgãos governamentais, acabam contribuindo para a propagação inadequada da alimentação. A presença de rótulos nutricionais incompletos, a adição de substâncias cancerígenas aos produtos processados industrialmente e o uso indiscriminado de ingredientes que, em excesso, são danosos à saúde humana, como o sódio, são provas disso. Dessa forma, fica evidente o descaso com a alimentação balanceada do consumidor.   Fica claro, portanto, que as escolas devem criar projetos de orientação nutricional com o apoio de médicos, a fim de que desde a infância os cidadãos aprendam a importância de uma vida saudável. O Estado, por sua vez, deve aprofundar esforços para fiscalizar e aplicar punições legais mais rígidas às indústrias que infringirem as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, as prefeituras devem financiar a multiplicação de locais como quadras esportivas e ciclovias para que a prática de exercícios físicos seja autorizada e, consequentemente, a obesidade e outras doenças sejam vencidas.