"Que a alimentação seja o teu único remédio". A frase de Hipócrates, conhecido como o pai da medicina, valoriza a alimentação saudável como imprescindível para a saúde humana. No entanto, no atual contexto brasileiro, o tempo curto e a facilidade na hora de se alimentar são, cada vez mais valorizados, e isso representa uma queda na preferência por alimentos eficazes e nutritivos. Assim, a partir dessa despreocupação a respeito do assunto, os brasileiros deixam de se almejar a qualidade do alimento ingerido, o que prejudica demasiadamente a saúde, ao corroborar com graves doenças. Em primeiro plano, é importante ressaltar a relevância de uma alimentação adequada para o bem-estar de uma sociedade. Isso porque uma má nutrição, principalmente se aliada à falta de atividades físicas, pode causar diversos problemas de saúde, como obesidade, hipertensão, diabetes e colesterol alto, por exemplo. A origem da adversidade se encontra, majoritariamente, na educação familiar, uma vez que as crianças não são instruídas pelos pais sobre a necessidade de se comer bem, quando chegam na fase adulta, além de continuarem a repetir os erros alimentícios, desenvolvem tais contratempos no quadro de saúde. Assim, a alimentação inadequada, justificada pela vida urbana agitada inspirada no modelo americano, em que "tempo é dinheiro", afeta negativamente o sistema de saúde do país e prejudica a qualidade de vida dos indivíduos. Outrossim, convém enfatizar o desinteresse com relação à natureza dos alimentos consumidos por parte dos cidadãos, que deveriam exigir das autoridades uma maior fiscalização e uma redução na quantidade de agrotóxicos e conservantes nos produtos industrializados, por exemplo. Sobre essa situação, vale lembrar não só da investigação "Carne Fraca", que já ocorre há anos, porém, apenas em 2017 foi disseminada pelos meios midiáticos, essa operação da Polícia Federal revelou atos irregulares em frigoríficos, como o disfarce de carnes podres, mas também dos riscos encontrados no consumo de alimentos cheios de agrotóxicos, que podem ser, inclusive, uma das causa para o câncer. É evidente, portanto, a indispensabilidade de medidas que combatam o impasse. Cabe às famílias e às escolas educar crianças e jovens sobre a utilidade de praticar bons hábitos alimentares, aquela por meio de exemplos dos pais para os filhos e esta por meio de palestras de nutricionistas e oficinas gastronômicas que visem à conscientização. Cabe aos cidadãos, por sua vez, pesquisar, aprender e instruir os demais sobre a procedência dos produtos ingeridos com o objetivo de buscar, progressivamente, uma alimentação saudável e melhorar o comportamento alimentar brasileiro, bem como deve-se reclamar às autoridades por uma maior qualidade na comida consumida pela população.