Enviada em: 21/07/2017

Jardim da desesperança   Desde o surgimento da agricultura, durante o período neolítico, o homem trabalha e segue metas para alcançar os seus objetivos; no inícios estás metas eram limitadas a subsistência, mas com o passar do tempo passaram à buscar, também, atender os seus prazeres, mesmo que isso envolvesse a práticas de atividades ilegais. Os hábitos alimentares, de forma mais intensa após a Revolução Científica, são comumente deixados em segundo plano, tendo a sua importância discutida apenas após a descobertas de práticas ilícitas, por parte das empresas do ramo, e o surgimento de patologias relacionadas à eles.   Relacionado às irregularidades praticadas por algumas corporações da indústria de alimentos, pode-se afirmar que a existências delas se dá pela fragilidade das leis que atuam neste campo aliado ao mundo capitalista, que muitas vezes visa o lucro em detrimento da qualidade. Ações como adulterar a composição, adicionando um alto teor de conservantes, e maquiar produtos de má qualidade não são novidades e ainda acontecem frequentemente durante todo o processo de produção alimentícia, como foi descoberto na CPI da Carne Fraca realizada pela Polícia Federal, o que comprova a fragilidade dos meios de fiscalização.   Além disso, segundo os dados divulgados pela Anvisa, através do Programa de Resíduos de  Agrotóxicos de Alimentos, ao analisar 2.488 amostras de 18 alimentos constatou-se um teor de agrotóxicos acima do permitido e a presença de não permitidos. Grande parte da população consome alimentos de má qualidade por falta de opção; o consumo prolongando desse tipo de comida é a causa de enfermidades como alergias, coceiras e dores de cabeça e aliado à isso há presença de produtos industrializados, pouco nutritivos e gordurosos, no mercado também podem gerar, com a ingestão excessiva, distúrbios circulatórios como a aterosclerose.   O comportamento alimentar brasileiro, portanto, está diretamente relacionado com a exiguidade de  leis e às atividades ilícitas cometidas por instituições desta esfera. Dessa forma, a fim de atenuar essa problemática o Governo, por meio do Ministério da Saúde, deve implementar medidas que visem a fiscalização mais rígida e funcional dos processos de produção, associado à Vigilância Sanitária Estadual e Municipal, principalmente nas regiões fabris e rurais. Ademais, o Ministério da Educação, através da mídia, deve promover campanhas, por meio de propagandas, e palestras nas escolas que estimulem a reeducação alimentar. Dessa forma, o jardim da desesperança dos hábitos saudáveis começará a ser adubado.