Enviada em: 30/07/2017

Vive-se em uma modernidade líquida, segundo Zygmunt Bauman, na qual até mesmo precauções com a saúde tornam-se secundárias em meio às constantes mutações e estímulos da vida social. Nesse âmbito, pode-se identificar a baixa qualidade da alimentação brasileira, que afeta a saúde de parte significativa da sociedade e atesta para a necessidade do desenvolvimento de uma mentalidade crítica acerca do consumo de alimentos.                Inicialmente, a má alimentação acomete de maneira mensurável o bem-estar físico em diversas idades. Como bem difundido e retratado na mídia, a ingestão de quantidades excessivas de açucares e gorduras auxiliam no desencadeamento de desequilíbrios fisiológicos e doenças como hipertensão e diabetes. No entanto, segundo dados do Ministério da Saúde, um em cada quatro brasileiros apresenta a primeira doença, entre eles adolescentes e adultos. Essas enfermidades, que possuem enorme abrangência populacional, podem conduzir indivíduos a uma menor qualidade de vida e maiores riscos de morte precoce.                Apesar disso, pouco tem sido feito para evitar o pressuposto. Com a globalização e difusão de companhias como McDonald's, Subway e Coca-cola por inúmeros países, sem exceção do Brasil, o consumo de produtos classificados como "fast-food" cresceu significativamente. Esses itens, por sua vez, comportam-se de maneira similar a drogas e outras substâncias viciantes ao desencadearem grande liberação de dopamina, neurotransmissor cerebral responsável pela sensação de prazer, segundo estudos publicados pela revista Scientific American. Isso gera um ciclo vicioso que conduz consumidores a ingerirem esses alimentos com grande frequência e sem suficiente criticidade a respeito dos danos que estão gerando à sua saúde                  Portanto, medidas devem ser tomadas para minimizar esse impasse. Entre elas, podem ser citadas a criação, por universidade e ONGs, de campanhas que convençam pessoas a melhorarem sua dieta a despeito de alimentos como "fast-food", por meio de cartazes e encenações teatrais em locais públicos com praças e shoppings, de modo a alertá-las, de maneira mais próxima, acerca da importância de uma boa alimentação.