Enviada em: 03/10/2017

A aceleração da vida moderna e o fácil acesso a produtos industrializados mudou o comportamento alimentar do brasileiro. As pessoas estão dando preferência a alimentos calóricos em detrimento dos saudáveis e esse mau hábito tem um impacto negativo na saúde da população.       Esse costume deve-se à praticidade do consumo de alimentos prontos, muitas vezes as pessoas têm pouco tempo para almoçar ou para cozinhar, portanto substituem a refeição por produtos industrializados. Outro motivo é o elevado preço de mercadorias naturais ou orgânicas, muita gente não consegue comprar frutas e verduras frequentemente, principalmente pessoas com baixa renda.   Outro fator a ser considerado são as consequências da ingestão de tantos alimentos calóricos. A principal delas é o ganho excessivo de peso, que pode levar à diabete ou à obesidade. A Pesquisa Nacional de Saúde(PNS) revelou que o número de pessoas acima dos 20 anos que pesam mais do que deveriam teve um salto na última década. Além disso, muitas empresas alimentícias, visando apenas o lucro e incentivadas pela fiscalização precária realizada pelos órgãos governamentais, acabam inserindo em seus produtos quantidades excessivas de açúcar e sódio que são nocivos à saúde humana se ingeridos em abundância.  Diante desse cenário, é necessário que o Governo Federal implante políticas públicas para melhorar o quadro, por meio da diminuição dos impostos de alimentos naturais e do incentivo à agricultura familiar no país, ampliando o acesso a esses alimentos. Além disso, é preciso aprofundar esforços para fiscalizar e aplicar punições legais mais rígidas às indústrias que infringirem as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Concomitantemente, as escolas devem criar projetos de orientação nutricional com o apoio de médicos, a fim de que desde a infância os cidadãos aprendam a importância de uma vida saudável, afinal, como disse Nelson Mandela, "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo".