Enviada em: 28/11/2017

Sendo o Brasil um país retardatário no que diz respeito aos marcos civilizatórios produzidos pela dupla revolução do século dezoito, temos, como consequência, uma nação que se industrializou tardiamente e que não realizou tarefas importantes como a ampliação da democracia através da reforma agrária. Entretanto, somos o maior produtor de alimentos do globo. Nesse sentido é perceptível o paradoxo entra a capacidade produtiva e a qualidade de alimentação dos brasileiros.   As consequências do não desenvolvimento industrial deixa o país maior produtor de alimentos do planeta na dependência de grandes empresas internacionais, tais como Monsanto e Bayer, que, além de terem qualquer compromisso com a qualidade alimentar da população, estão constantemente aliciando nossos políticos em busca de legislação mais branda que desconsidere os perigos de agrotóxicos e transgênicos que ameaçam a saúde de milhões de famílias.  Outro fator importante é a grande concentração de terras na mão de latifundiários que recebem grandes subsídios dos governos e tem ampla representatividade no congresso, tornando sintomática a ausência da reforma agrária. Sobre está última cumpre dizer que, nos países desenvolvidos, foi a grande responsável pela ampliação da participação do pequeno agricultor na composição da alimentação da população, bem como deu inicio a revolução na produção de alimentos que não utilizam químicos sintéticos, práticas como a permacultura e a agricultura orgânica nasceram a necessidade e conscientização da população dos males presentes na comida feita em larga escala.    Para que possamos superar o problema da produção de alimentos com qualidade, devidamente fiscalizados pela sociedade civil, é necessário que a própria sociedade pressione os políticos a retomarem as pautas da reforma agrária e da industrialização nacional de forma a sanar a dependência de ente estrangeiros e a retomarmos a democracia através da fiscalização e pequena produção dos alimentos.