Enviada em: 20/02/2018

Alimentação saudável: uma perspectiva de mais vida       A alimentação saudável é certamente um elemento essencial para uma melhor qualidade de vida. Porém, em um país como o Brasil, marcado por tamanha desigualdade social, os bons hábitos alimentares podem parecer utopia para os menos otimistas. Apesar da alimentação adequada ser um direito fundamental estabelecido na Carta Magna, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 7,2 milhões de pessoas sofrem severamente com à dificuldade de acesso ao alimento.             No entanto, se torna inegável a presença de mudanças no comportamento alimentar da sociedade brasileira. Tais mudanças são resultado de um novo estilo de vida, no qual cada vez mais os indivíduos dedicam a maioria do seu tempo às práticas profissionais realizando suas refeições nas proximidades dos locais de trabalho. Estas refeições tendem a ser extremamente rápidas, econômicas e com pouca ou até mesmo nenhuma preocupação nutricional.       Ao passo que os pais vivem contra o relógio, as crianças e jovens também se adaptam a esse universo. Além disso, ainda existe a influência da indústria publicitária com a promoção de diversos produtos não-nutritivos que ampliam de forma acentuada os níveis de deficiências de vitaminas e de sais minerais no organismo.       Outrossim é necessário destacar que o consumo sem moderação de determinados alimentos provocam danos catastróficos à saúde resultando no aparecimento de doenças, tais como: a hipertensão arterial, o diabetes e a hipercolesterolemia, além da obesidade em graus variados. O respectivo comportamento favorece substancialmente o aumento do risco cardiovascular. Sabe-se que a principal causa de mortes no mundo são as doenças cardiovasculares, conforme a OMS.       Mediante este cenário, os órgãos estatais, em parceria com a iniciativa privada e instituições não governamentais devem alertar a sociedade sobre os perigos da alimentação inadequada por meio de campanhas veiculadas na televisão, nas mídias sociais, centros comunitários e nas escolas. Ainda é de competência do Estado, através de suas secretarias, a orientação nas unidades básicas de saúde quanto aos cuidados alimentares essenciais para a prevenção dos distúrbios alimentares e demais patologias associadas. Também deve ser assegurado aos cidadãos o direito de acesso aos profissionais especialistas (nutricionistas e nutrólogos) promovendo, portanto, a prevenção primária. Entretanto, tais medidas devem ser efetivadas com agilidade atuando em conjunto com uma política pública de educação alimentar no âmbito escolar pautada no fornecimento de lanches apropriados.