Enviada em: 09/03/2018

A busca por um ritmo de vida saudável, baseado na prática de atividade física e no consumo de alimentos nutritivos, tem crescido cada vez mais. No entanto, a onda fitness não atinge a maioria da população. De acordo com o Organização Mundial da saúde (OMS), as doenças relacionadas ao sobrepeso matam 2,8 milhões de adultos por ano. O que se observa hoje no Brasil é uma realidade bem próxima do restante do mundo. O comportamento alimentar do brasileiro, portanto, tem se tornado um quadro de saúde pública e que merece a devida atenção.       Em primeira análise, o ritmo de vida acelerado e a facilidade de se encontrar alimentos industrializados, por exemplo, motiva a opção por refeições menos saudáveis. Esse fator pode ser identificado com base na análise dos hábitos de consumo no setor de fast-food em 2014 feita pela empresa EAE Business School. De acordo com os dados divulgados, o brasileiro é o que mais consome fast-food na América Latina, gastando em média 265 reais no ano em que o estudo foi realizado e tendo previsão de crescimento superior à 30% até 2019.        As consequências dessas escolhas, no entanto, são refletidas diretamente na saúde da população. Segundo pesquisas publicadas pelo Ministério da Saúde, a obesidade, nos últimos 10 anos, cresceu 60% no Brasil. Porém, os problemas se expandem quando associamos outras doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Tais doenças não só comprometem o bem estar dos indivíduos como afetam os gastos do governo com atendimento à essa população.        Assim, mostra-se de extrema importância a tomada de medidas que influenciem positivamente a alimentação no país. Para isso, cabe às escolas e aos pais, principais responsáveis pela formação de crianças e jovens, incentivar uma alimentação mais saudável através de atividades lúdicas e práticas que estimulem o contato dos estudantes com o alimento, ressaltando seus benefícios ao organismo. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio do preparo da própria refeição pelos alunos utilizando cultivos plantados por eles em uma horta desenvolvida pela instituição em parceria com a comunidade. . Além disso, é preciso que o governo implemente campanhas objetivando informar à população já adulta os riscos à saúde do consumo frequente de alimentos não saudáveis, influenciando na escolha por refeições mais nutritivas e menos industrializadas.