Enviada em: 28/04/2018

A Família na idade contemporânea      Durante muito tempo, a formação do núcleo familiar era de domínio patriarcal. Isso quer dizer que o homem sustentava seus dependentes, com o seu trabalho e a mulher cuidava da casa e dos filhos. Entretanto, o conceito familiar sofreu alterações, haja vista que a sociedade evoluiu e suas estruturas também foram modificadas. Assim, cabe analisar as causas e efeitos deste novo conceito, presente nos dias de hoje.    É importante analisar, inicialmente, o motivo de tantas modificações no que tange às relações familiares. Neste sentido, ao longo dos anos, a sociedade assiste o aumento gradativo de casamentos homoafetivos, no qual resulta na quebra das estruturas convencionais da família. Além disso, a inserção das mulheres no mercado de trabalho, transformando-as em chefes de família e a possibilidade de divórcio, antes proibida em sociedades mais antigas, também colaboraram para tais mudanças. Outro fator se refere ao avanço na medicina, que viabiliza a fertilização "in vitro", para aqueles que não podem ter filhos pelo método tradicional. Por fim, ressalta-se o progresso em relação à adoção infantojuvenil por casais homoafetivos. De fato, todos esses fatores colaboraram para o surgimento do novo conceito de família.    Assim sendo, é notório que algumas consequências surgiram por causa de tais mudanças. Desse modo, o principal efeito foi a necessidade jurídica de reformular a definição de família. Sob este viés, a jurista Maria Helena Diniz afirma que a família é formada por vínculos consanguíneos e também por afinidade. Com este ponto de vista, se torna aceitável que os avós e netos, os irmãos, amigos que moram juntos, filhos de outros casamentos, casais homossexuais, dentre outros, formem uma família, desde que tenham afinidade ou relação consanguínea. Por isso, usando a base desta autora, os tribunais têm discutido cada vez mais sobre essas relações, que não estão mais  presas a laços de sangue, tornando-as mais flexíveis.     Fica evidente, portanto, que a definição de família está bem ampliado e deve ser esclarecido para não ocorrer atos discriminatórios. Então, cabe a escola promover palestras, com psicólogos, para conscientizar os jovens sobre a importância de respeitar a pluralidade familiar, a fim de evitar a intolerância. Além disso, a mídia poderia divulgar propagandas, por meio da internet, esclarecendo sobre as mudanças no que tange a reformulação familiar e fomentando a aceitação por parte da população. Talvez, tais medidas acabem com certas rejeições e dê à todos a oportunidade de construir a família que deseja.