Enviada em: 19/05/2018

O “super-homem”, idealizado pelo filósofo Nietzsche, caracteriza o indivíduo capaz de livrar-se das amarras sociais. Todavia, ao que tudo indica, poucos são os “super-homens” no Brasil, visto que a população se encontra com o conceito de parentesco enraizado, o que gera a problemática eminente das novas famílias no país. Dessa maneira, a reflexão acerca do tema é necessária visto que segue em crescimento no país, seja pela lenta mudança da mentalidade social, seja pela falta de atenção ao tema na sociedade.    De fato, as organizações parentais vêm se modificando nos últimos anos. A formação clássica –que inclui a união entre homem e mulher que geram filhos- deixou de ser maioria no Brasil de acordo com o IBGE, apresentando atualmente 49,9% nos domicílios. Embora seja um fato, ocasiões como a ocorrida na Câmara dos Deputados, na qual houve uma comissão referente ao Estatuto da Família que considera a tradicional como única e principal demonstram a lenta mudança na mentalidade social, que, além de não representar os novos grupos, os excluem do contexto no qual estão inseridos.     Com isso, a sociedade atenta-se cada vez menos ao tema, visto que este não chega ás casas de maneira correta. Uniões homoafetivas, mães solteiras que criam seus filhos, além de outras formas familiares não são ao menos levadas em consideração, o que agrava a problemática em questão no país. Nesse contexto, a teoria Machadiana de que os homens são desprovidos de virtudes se confirma visto que, ao apresentarem a visão arcaica de família, há a exclusão dos outros conceitos do tema e, consequentemente, não se atentam ás notáveis mudanças pois preferem fechar os olhos diante á problemática.     Portanto, medidas são necessárias para que a problemática do conceito de família não se perpetue mais no país, seja pela desatenção populacional, seja pela mentalidade estática. Dessa maneira, cabe a mídia a divulgação de temas ligados a problemática, salientando a importância dessas novas representações e como estas são marginalizadas pelo meio político. Isso poderia ser feito em programas acessíveis, outdoors e panfletos nas ruas, de modo que todos se atentem á problemática e as ações realizadas pelos políticos no que visa o Estatuto da Família sejam interrompidas. Tais atos acarretariam uma série de mudanças tais como: mudança da mentalidade social, que traria o assunto ao meio de discussão social e, consequentemente, não excluiria as novas formas familiares. Assim, a problemática poderia mover-se ao tangente á sociedade.