Enviada em: 27/05/2018

Por uma nova realidade        No despontar da contemporaneidade, são enormes os desafios para aceitação da pluralidade familiar no Brasil. De um lado, a evolução do conceito de família através de avanços civilizatórios. Do outro, mudanças que permitiram novas composições familiares, mas que ainda causam resistências na sociedade. O perpassar da história brasileira permitiu que mudanças ocorressem no modo de vida e convivência familiar, variando de família matrimonial, com o casamento como principal aporte constitutivo de família, até o conceito de família como vínculo afetivo. Em 2011, o Supremo Tribunal da Justiça sancionou uma lei regulamentando como família a união entre pessoas do mesmo sexo, de forma a igualar os direitos de casais homossexuais e heterossexuais. Dessa forma, quebrou-se os ideias de família nuclear, que estão presentes na Constituição Cidadã e Estatuto da Família, e a nação verde e amarela através de avanços legislativos está direcionando o Brasil para um caminho de isonomia e equidade.         Com a permissão do divórcio e a maior participação das mulheres no mercado de trabalho, surgiram novas composições familiares que fogem da família tradicional e causam resistências. De acordo com o IBGE, entre 2000 e 2010 houve um aumento de 14% de domicílios comandado por mulheres sem cônjuge e diminuição de 7 % de casais com filho. Nesse sentido, o preconceito e desrespeito das maiorias conservadoras acerca dos novos modelos familiares nega a liberdade individual e os valores éticos humanos. Assim, é imperativo promover liberdade, justiça e igualdade não como palavras, mas como direitos fundamentais.       Para o célebre Papa Francisco, a sociedade precisa perder o espírito de resistência à mudança. Partindo dessa visão, mudanças concretas são necessárias para garantir a integridade e direitos da diversidade familiar brasileira. Isso se dará através do Estado, com efetivação e fiscalização das leis de proteção e igualdade de direitos à todas as famílias. Além disso, por meio da escola e mídia, é preciso a conscientização das pessoas acerca da igualdade e respeito às diversidades. Só assim , a Pátria amada conseguirá solidificar os valores da isonomia e respeito.