Enviada em: 02/05/2017

Pai, mãe e filhos. Até um passado próximo, essa era a concepção uma de entidade familiar. Hoje, todavia, a sociedade vive uma nova realidade: formas não convencionais de família vêm ganhando espaço. Casais homo afetivos e outras novas formas de família lutam contra o preconceito para verem seus direitos respeitados.      A sociedade vive em constante evolução, a ideia de certo e errado muda com o passar do tempo. Paradoxalmente, o ser humano é resistente em aceitar mudanças; nas palavras de Virginia Woolf: “De tudo que existe, nada é tão estranho como as relações humanas com suas mudanças, sua extraordinária irracionalidade”. Como exemplo, têm-se a adequação do modelo de família no século, particularmente as famílias homoafetivas. É algo relativamente novo e esbarra nas amarras sociais.      Nesse viés, ocorreu algo semelhante com a união estável entre homem e mulher. No passado, era inaceitável um casal viver sem estarem cobertos pelo manto do matrimônio; hoje, porém, é algo natural e legalmente respaldado, mas encontra, ainda, resquícios de resistência. Da mesma forma, as novas formas de entidade familiar ainda enfrentarão muitos desafios, pois o novo amedronta as pessoas, em sua maioria, elas têm dificuldades em fugir dos paradigmas.      Apesar de a sociedade evoluir sempre, isso ocorre de forma lenta. Nesse sentido, veem-se algumas vitórias das novas formas de entidade familiar, por exemplo, o casamento homoafetivo já é legalizado no Brasil e em outras partes do mundo. Segundo especialistas, a tendência é a flexibilização ainda maior do instituto do casamento e, em consequência, da família. Em muitas culturas, a poligamia existe entre um homem e várias mulheres. Pode ocorrer o inverso no futuro.      Em suma, é preciso que a sociedade se conscientize de que a família pode ter muitas formas e ceifar o preconceito, por meio de orientação nas escolas e políticas afirmativas pelo Estado e, enfim, perceber que, nem sempre, o errado de ontem será o errado de amanhã.