Enviada em: 19/05/2017

Desde a Idade Antiga a ideia de família se centra na junção de um homem e uma mulher. Na Idade Média, as pessoas que tentaram se expressar com um modelo diferente de formação familiar eram consideradas loucas e atiradas ao fogo. Contudo, o conceito de família deve ser reestruturado e objetivar uma maior abrangência das configurações e composições familiares, uma vez que a concepção atual, moldada pelo pensamento antigo, carece de mobilidade e enfrenta preconceitos por parte da sociedade pela falta de informação, educação e, sobretudo, aceitação.  As novas formas e configurações de família há tempos estão presentes na sociedade. Porém, a utopia do modelo familiar construída pela ideia fixa de um homem e uma mulher gera medo e insegurança para esses novos modelos. E, isso se dá porque a lei em vigência, sobre o conceito de família, desconsidera formações não tradicionais e limita a expressão de afetividade e amor por parte da população que se enquadra nos novos conceitos. Dessa forma, a não reestruturação da lei impede de forma indireta a liberdade de expressão, de ação e a mobilidade social.  Além disso, a falta de informação sobre os novos conceitos de família cria a não aceitação e o preconceito social. Nesse viés, as novas formações familiares se sentem retraídas e com pouco espaço para se desenvolver e, sofrem preconceitos por assumir posições e ideologias pessoais. A partir disso, cria-se a necessidade de conscientizar a sociedade incitando a aceitação e o não preconceito através da informação e educação, uma vez que esses são os meios da mudança.  Portanto, cabe, primeiramente, ao governo reestruturar a lei do conceito de família objetivando incluir e abranger os novos modelos e configurações familiares, além de fomentar o respeito às diferenças por meio de mídias em rede nacional com depoimentos pessoais das diferentes concepções de família. Ademais, cabe a junção sócio-governamental fomentar o não preconceito e induzir a aceitação das novas formas de família através da informação e educação, não só em escolas e universidades com o uso de debates e mídias, mas também nas comunidades e centros urbanos por meio de campanhas de conscientização com palestras e rodas de encontros objetivando conhecer às diferenças, compreendê-las e aceitá-las. Desse modo, é possível afirmar os novos conceitos de família no século XXI.