Enviada em: 21/05/2017

Amor e União. Tais palavras são os pilares básicos de uma família , seja ela consanguínea ou apenas ligada pelo afeto. No mundo altamente globalizado de hoje, a intensa circulação de informações e pensamentos distintos  propiciou o surgimento de diversas formas de construção familiar, expandindo tal conceito. Entretanto, no Brasil , nem todos os seguimentos conseguem constituir plenamente esse tipo de relação , sendo vítimas de entraves culturais.   Primeiramente, deve-se pontuar a homofobia presente dentro da sociedade brasileira. Nesse sentido ,Pierre Bourdieu, filosofo francês,  define violência simbólica como a agressão não física, mas moral e psicológica.Dessa maneira, esse tipo de opressão  é evidente , muitas vezes, em discursos que deslegitimam a conjuntura familiar de pessoas LGBT, resultando não só na instituição de uma visão preconceituosa ,mas também na imposição de ódio e medo que delimitam e desencorajam o exercício de um direito civil por parte de muitos brasileiros.     Além disso, é preciso ressaltar, embora a , de fato, ascensão dos movimentos feministas e ganho de direitos sociais, persistência do machismo dentro do corpo social. Desse modo, por vezes, a ideia de família é um padrão imposto a mulher e não uma decisão própria. Nessa perspectiva , a conjuntura da mãe solteira , da mulher que opta por não ter filhos ou da qual escolhe permanecer solteira é duramente julgado, passível , muitas vezes , de discriminação , cerceando o direito civil que assegura sua liberdade de decidir sua constituição familiar.      A nação, portanto , tem um quadro crítico que precisa ser revertido. Logo, é essencial a atuação de ONG´s de caráter humanitário, junto a redes sociais como Facebook e Twitter, com a veiculação de campanhas em vídeo que visem desconstruir o preconceito frente a minoria LGBT, instaurando o respeito e legitimidade a suas relações familiares , diminuindo o discurso de ódio dentro do meio social. Também é necessária a ação do Ministério da Educação, junto aos Municípios , com a inserção de dinâmicas e cartilhas, nas escolas, a fim de instaurar a liberdade da mulher ,desprendendo-a de padrões sociais impostos , a fim de diminuir o machismo e ratificar que o modelo de família deve ser uma decisão própria, não algo imposto. Assim, talvez, por meio dessas medidas se alcance um corpo social mais igualitário e respeitosos frente a qualquer união que por direito se denomine família.