Enviada em: 20/09/2017

Da teoria à prática   A Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro - assegura a todos a formação de uma família. Entretanto a intolerância  as novas composições familiares mostram que os indivíduos ainda não experimentam esse direito na prática. Com efeito, um diálogo entre Estado e sociedade sobre a formação de novos modelos familiares é medida que se impõe.  Em primeiro plano, dados divulgados pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - mostram que 25% das famílias fogem do padrão tradicional. Porém, essa pluralidade na constituição familiar não foi reconhecida por uma comissão especial de deputados , que aprovou o estatuto da família: núcleo social surgido da união entre um homem e uma mulher. Excluindo-se outros núcleos familiares e fomentando a intolerância.   De outra parte, o sociólogo Gilberto Freyre mostra na obra "Casa-grande e Senzala" que a família brasileira foi construída ao redor da figura do patriarca, que era líder moral e político da casa e sociedade.  Esse patriarcalismo persiste na contemporaneidade, quando dados da pesquisa do jornal Folha de São Paulo revelou que 55% dos brasileiros se dizem contrários à adoção por famílias homoafetivas.   Urge, portanto, uma ação simbiótica entre instituições públicas e cidadãos para mitigar a intolerância de novas composições familiares.  Cabe ao Ministério da Cultura, em parcerias com grandes canais de comunicação de concessão estatal, desenvolver campanhas publicitárias que estimulem o respeito às diferentes vertentes familiares, como forma de garantir a coletividade do corpo social. Aos indivíduos, por sua vez, compartilhar nas mídias sociais conteúdos que repudiam o preconceito aos novos formatos familiares, a fim de contribuir para o desenvolvimento pessoal e pensamento crítico de amigos e familiares. Assim, alçara o país a posição de Estado Democrático de Direito.