Enviada em: 24/08/2017

Fluidez contemporânea.  A família brasileira na contemporaneidade. “Os arranjos familiares ocidentais são diversos, fluidos e não resolvidos”, foi o que concluiu a cientista social Judith Estacy, ao estudar tais famílias. As revoluções industriais tem suma importância para essa fluidez. A extrema efetividade e eficiência das ferramentas pós industriais desprendeu os indivíduos da necessidade, até então fundamental, de uma família numerosa para o trabalho de subsistência. Outro fenômeno pós industrial que vem alterando a clássica definição, nuclear, de família é a urbanização, que a acompanhada a especulação imobiliária vem gerando casas menores e mais caras. Tal movimento faz com que pessoas com laços parentais distintos, ou até mesmo sem o mesmo, optém por dividir um mesmo abrigo. Esses fatores atuaram para que no último censo, segundo o IBGE, a população brasileira tenha concebido cerca de 19 laços parentescos distintos. O Estado juntamente aos indivíduos, portanto, não devem realizar tentativas de engessar ou hierarquizar concepções e arranjos familiares, mas sim unidos garantir a inviolabilidade desses e de sua fluidez. Este primeiro pode assegurar tal garantia por meio de políticas públicas que visem suscitar debate e consequentemente gerar esclarecimentos a respeito do tema. Tal ação deve ter como principal área de atuação escolas de ensino médio e fundamental, tendo em vista que este público está em período de socialização, e assim sendo mais aberto a discussões.