Na Grécia antiga era comum haver uma relação afetiva entre homens, tendo em vista que os mesmos consideravam que a mulher não possuía o direito de obter prazer - no entanto, era algo puramente cultural-. Passaram-se séculos e com a mudança cultural ocorrida no mundo houve um rearranjamento social, ascendendo uma construção e reconstrução nos arranjos familiares, que fogem o tradicional - união entre pessoas hétero-. Assim, como enunciar o conceito de família em um século marcado pelas diversas configurações familiares? Sociologicamente, define-se família o agrupamento de pessoas que possuam entre sí laços afetivos. Entretanto, construiu-se ao longo dos séculos uma ideologia que considera família apenas a união entre pessoas de sexos opostos, mesmo convivendo com o rearranjamento dos valores sociais, bem como da formação familiar. Em consequência disso, aqueles que representam o povo no legislativo e que possuem uma visão conservadora, pretendem aprovar um Estatuto da Família que reconhece como tal apenas núcleos sociais formados pela união entre homem e mulher. Conseguinte isso, surge um apoio da população em relação a atitudes parecidas, apresentando uma aversão a essas configurações familiares, levando a diversas manifestações de ódio, seja no âmbito jurídico, legislativo ou cotidiano dos indivíduos, em um século onde se ver que não há um conceito de família correto, mas vários. Segundo Emannuel Kant, "Os indivíduos são aquilo que o coletivo faz e pensa". Assim, cabe ao Governo Federal investir em projetos que levem a discussão sobre o assunto para o coletivo, a fim de que a população entenda melhor o atual rearranjamento familiar, bem como instaurar em parceria com o Ministério da Educação grades de discussões nos três graus de formação escolar, a fim de formar indivíduos que futuramente sejam capazes de manifestar contra ideologias que desrespeitem os direitos humanos -como o Estatuto da Família-. Forma-se-à, assim, um país capaz de colher frutos de investimentos feitos.