Enviada em: 11/10/2017

Claude Levi-Strauss assinalava, em 1956, que a família apresenta-se em praticamente todas as sociedades humanas, mesmo aquelas com hábitos sexuais e educativos muito distantes do nosso. Nesse sentido, sabe-se, atualmente, que parte da população discrimina núcleos familiares diferentes do tradicional composto por um homem, uma mulher e seus filhos. Desse modo, basta analisar o preconceito existente contra casais homoafetivos e mães solteiras ou divorciadas.       Em primeiro lugar, vale ressaltar que a família, antigamente, seguia o modelo patriarcal na qual o homem era o "chefe da casa" e a mulher e os filhos deveriam obedecer todas as ordens impostas pelo pai. Apesar de todos os avanços ideológicos da sociedade percebe-se, ainda, parte da população com essa forma de pensamento sobre o conceito de família. Em consequência disso, a visão engessada do modelo familiar colabora para o crescimento da intolerância no mundo, uma vez que a discriminação é passada de geração em geração tornando-se mais difícil a luta pela aceitação do diferente na nação. Dessa forma, tanto os casais homossexuais como seus filhos são vítimas, cotidianamente, de preconceitos da população. Para ilustrar, em São Paulo, um menino de 14 anos, filho adotivo de um casal de homens, foi espancado na escola e levado a óbito.        Em segundo lugar, é fundamental pontuar que mães solteiras, viúvas ou divorciadas são alvo de duras críticas pela sociedade. Isso ocorre, visto que são intituladas pela população como incapazes de cuidar dos seus filhos sozinhas e enfrentam desafios diários como, preconceitos e agressões verbais. No entanto, mesmo muitas mulheres serem chefes de família e independentes a aceitação cultural ainda é um longo caminho a se percorrer. Consequentemente, muitas crianças passam por situações desagradáveis, sendo vítimas de comentários maldosos em relação à falta de uma figura paterna. Dessa maneira, a opinião pública deveria construir uma sociedade mais harmônica e coesa, entretanto, estimula a exclusão social e a discriminação.       Tornam-se evidentes, portanto, os fatores que contribuem com o atual cenário negativo do mundo e a necessidade de mudanças de paradigma no conceito de família. Aos meios de comunicação, devem criar propagandas esclarecendo à população que família é qualquer núcleo que ofereça amor e estabilidade a criança, sendo digna de respeito perante a sociedade, com finalidade de diminuir o preconceito sofrido por famílias que fogem do padrão estipulado. Além disso, as escolas em parceria com a família, mostrem os diversos tipos de núcleos familiares existentes, com propósito de estimular a aceitação e reduzir a discriminação formando cidadãos do bem. Por fim, o Setor Legislativo, crie penas punitivas para a homofobia, a fim de minimizar os episódios de agressões contra os homoafetivos.