Durante o período histórico brasileiro, prevaleceu o modelo patriarcal, ou seja, o pai, enquanto vivo era o referencial. Entretanto, a partir do século XXI, os vínculos familiares vão se transformando e relacionando aos diversos contextos. Contudo, é válido ressaltar que a família moderna ainda carece de direitos e ainda sofre com fortes preconceitos sociais. Mormente, é imprescindível apontar que a Constituição Federal – norma de maior valor no Brasil – pouco alterou seus conceitos sobre família. Nesse contexto, eles permanecem enraizados e não acompanham as visíveis alterações, isto é, os diferentes modos de organização familiar são ignorados em detrimento do patriarcalismo histórico. Dessa forma, segundo à filósofa Hanna Arendt, ‘’ a essência dos Direitos Humanos é o direito de ter direitos’’. Logo, a carta magna – conhecida como cidadã – deve abranger as evoluções sociais, prezar pela diversidade e pelos direitos humanos . Além disso, os novos modelos familiares brasileiros são alvos de constantes discriminações. Ou seja, parte da sociedade ainda não mudou suas perspectivas sobre essas relações, como exemplo, a interação familiar homoafetiva. Nesse sentido, segundo divulgado pela revista Época, 56% dos brasileiros não reconhecem um conjunto familiar homoafetivo. Sendo assim, é fato que além das dificuldades jurídicas, as novas concepções sociais sofrem também para serem reconhecidas socialmente. Infere-se, portanto, mudanças necessárias sobre a problemática da família moderna. Desse modo, é imperiosa a atuação do Poder Legislativo, elaborando leis que reconheçam a pluralidade familiar, para que haja a real igualdade de direitos perante a lei. Ademais, é essencial a criação de propagandas e de projetos educativos, promovido pelas mídias televisivas em conjunto com as instituições escolares, com o objetivo de expandir entre os jovens e adultos os diversos conceitos de família, evitando assim, as discriminações. Logo, a igualdade e o reconhecimento deixará de ser idealizado e se tornará realidade.