Enviada em: 01/11/2017

A arma para mudar o mundo.   Duas mães, dois pais, meio-irmão, enteados, filhos legítimos e adotivos. Esses são só alguns dos possíveis arranjos que configuram a família contemporânea. Os tempos de “papai, mamãe e titia” parecem ter ficado apenas na letra dos Titãs. Entretanto, ainda há muito o que se discutir para que, de fato, essas novas configurações sejam reconhecidas e passem a retratar a nova instituição familiar.   Em primeira análise, cabe pontuar o conservadorismo latente da sociedade civil como agravador da problemática. Por trás do famoso discurso “respeito, mas não acho normal” perpetua-se o preconceito. Recentemente, a Câmara dos Deputados ressuscitou o projeto denominado “Estatuto da Família”, que legitima apenas a união entre homem e mulher. Uma enquete do portal Câmara mostrou que mais da metade da população concorda com essa definição. Assim, evidencia-se o modelo tradicional como representação de muitos no corpo social.   Ademais, convém frisar que essa visão engessada que paira sobre os arranjos familiares colabora com o crescimento da intolerância. Crianças que têm famílias consideradas fora do "convencional"  costumam sofrer com o preconceito. Frequentemente, são noticiados casos de agressões a filhos de casais gays. Dentro dessa lógica, percebe-se que Albert Einstein estava correto ao pronunciar a frase que desvelou os entraves da descriminação: "é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito".   Por tudo isso, é imprescindível que todos os segmentos sociais unam-se em prol da representatividade da instituição familiar. A escola, como instituição socializadora, é responsável por neutralizar essa nova face, promovendo o respeito e a integração as gerações futuras, por meio de palestras. A luta é pedagógica, afinal, como disse Nelson Mandela, " a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo". Dessa forma, assim como a desintegração de um átomo tornou-se simples na atualidade, preconceitos também poderão ser quebrados.