Enviada em: 03/04/2018

Segundo os Racionais MC's, a constituição familiar de homem, filho e mulher é a única verdade universal na visão teológica, nisso é notório a noção de estrutura familiar presente no Brasil influenciada pela moral judaico-cristã. Entretanto, diante do contexto social do século XXI, nota-se alterações nesses valores, os quais rompem com o tradicionalismo.   Desde o primeiro movimento LGBT, Libertação Gay, iniciado em New York, é notório o início da mudança de uma mentalidade tradicional, pautada na exclusão dos homossexuais da sociedade, para uma concepção mais democrática das relações homo-afetivas na esfera familiar, possibilitando que esses padrões fossem questionados por profissionais como Freud, o qual explica que todos os relacionamentos amorosos contém sentimentos ambivalentes, consequentemente o indivíduo aprende a amar diante dos primeiros relacionamentos com os pais e cuidadores, seja qual for a sexualidade entre esses.   É possível notar a partir disso, a flexibilidade das relações familiares, como é mostrado no filme, "Mãe só há uma", em que o protagonista descobre que sua família composta por sua mãe adotiva e sua irmã, não é biológica e entra em um profundo quadro de crise existencial, por não conseguir se adaptar à sua verdadeira família tradicional, a qual também não aceita sua homossexualidade. Exemplos semelhantes a esse, remontam o pensamento de  Luiz Gonzaga Mello, o qual carateriza a família como uma construção social e temporal, indicando que essa organização não se trata de um elemento metafísica, mas sim de uma interação racional humana.   A partir dos fatos apresentados, é necessário que a ONU (Organização das Nações Unidas), juntamente com os Ministérios da Educação dos países membros, criem programas educativos através de materiais didáticos, que visem o respeito à diversidade dos laços familiares, buscando uma mentalidade democrática.