Enviada em: 04/04/2018

No período colonial, jesuítas vieram ao Brasil para catequizar os índios, baseando-se no livro sagrado católico, a família foi constituída por um homem e uma mulher para que consequentemente, houvesse procriação. O conceito tradicional de família é acarretado por diversas questões sociais, heranças históricas e dogmas religiosos. Entretanto, essa discussão causa inúmeros casos de intolerância para com casais que ''fogem'' desse padrão, fazendo com que isso seja um grave problema social a ser combatido.   Durante vários séculos, a homossexualidade foi denominada por uma doença psiquiátrica, apenas em 1973, a mesma deixa de configurar como doença no terceiro manual de diagnóstico e estatístico de distúrbios mentais. Embora a sociedade vem sofrendo alterações devido a globalização, a tolerância com casais homoafetivos ainda é um enorme obstáculo de aceitação em diversos âmbitos sociais. Porém, vale ressaltar, que em 2011, o Supremo Tribunal Federal, reconheceu juridicamente a união estável entre pessoas do mesmo sexo e que em 2012 um casal homossexual conseguiu adotar uma criança no Brasil.     Tais fatos ainda não são suficientes para aceitação total. O Estado, oferece princípios e decisões antagônicas entre os parlamentos, um exemplo a citar é o ex- presidente da câmara de deputados, Eduardo Cunha que reconheceu como família apenas os núcleos sociais formados por um homem e uma mulher. Com base nesse acontecimento, é possível questionar : Aliando-se aos fatos supracitados é possível observar o longo caminho de conquista a ser percorrido para a tolerância da sociedade e do Estado com esse ''novo'' padrão de família. Esses indivíduos que estão em busca de seus direitos são enquadrados na constituição de 1988, em que a mesma é um grande marco contra discriminação. Será que essa parcela da população vive uma política que realmente exerce seus direitos?   Sob tal ótica, torna-se fundamental uma ação conjunta entre o governo, mídia e escola, na qual essas serão importantes meios para a solução dessa problemática. O Brasil, na figura de poder legislativo, deve criar leis condizentes a realidade do país, que possa abranger os interessados da causa, com o fito de que os direitos possam ser exercidos livremente. A escola, na figura de papel fundamental na formação do indivíduo, deve discutir o tema no ensino médio na disciplina de sociologia, fazendo analogias passadas com os acontecimentos atuais, pois já como proferido por Helen Keller, o resultado mais sublime da educação é a tolerância. Com isso, podemos observar um futuro não tão distante, uma sociedade heterogênea que respeita os valores e opiniões do próximo.