Enviada em: 07/08/2017

Amarras da beleza     Na idade média, as mulheres precisavam ser pálidas e estar acima do peso a fim de atingir a beleza. Essas características demonstravam riqueza e fartura. Todavia o padrão valorizado se altera com o tempo e a cultura. No Brasil, a imposição do modelo deve ser combatido uma vez que causa diversas problemáticas, como doenças e discriminação.     Em primeira análise, as mídias e redes sociais destacam-se como os meios de propagação do molde a ser seguido. Através deles, a aparência jovial, a presença de músculos avantajados e pouca gordura corporal são exaltados e, assim, a maioria das pessoas passa a buscar tais atributos. Além disso, as empresas lucram com esse contexto, uma vez que criam produtos para atender ao público ávido por mudanças estéticas, enquanto as propagandas os vinculam a felicidade e prometem resultados milagrosos.      Entretanto, cabe questionar o preço da incansável busca da beleza, pois aqueles que não se enquadram nos padrões sofrem discriminação. A necessidade de aceitação pode gerar distúrbios de autoimagem, os quais culminam em transtornos alimentares e vício em procedimentos cirúrgicos. O povo brasileiro é um dos que mais realiza cirurgias plásticas no mundo. O filme estadunidense "O mínimo para viver" mostra como os jovens podem ser influenciados pela indústria da beleza ao retratar a luta de Eli contra a anorexia.      É vital, portanto, frear a busca pela perfeição a todo custo. Assim, os indivíduos precisam mudar sua postura diante da influência externa que dita o que é belo através do desenvolvimento da autoestima e cobrar da mídia a exposição de modelos que diferem daquele que vigora. O governo deve criar mecanismos a fim de erradicar publicidades exageradas e enganosas. Dessa forma, o corpo social se livrará das amarras impostas pela padronização.