Enviada em: 10/08/2017

Entre os mais graves e complexos problemas brasileiros, a padronização da beleza vem apresentando um mal que parece indissolúvel. No contexto histórico da Antiguidade Grega, o culto ao corpo era sinônimo de poder e aceitação social, corroborando para o prestígio de um cidadão. Sendo assim, hoje, o cenário não se encontra diferente, uma vez que caminhos para o enquadramento estético são postos em primeiro plano por parte da sociedade em que, muitas vezes, vão de encontro á resultados negativos. Desse modo, há fatores os quais não podem ser negligenciados pela democracia, exigindo diretrizes para combater esse impasse.      Em primeira análise, cabe pontuar que a aceitação social é um dos principais coeficientes para a temática da "ditadura da beleza" no Brasil. Mediante isso, em um governo totalmente capitalista, o mercado de trabalho é exigente não apenas em padrões alusivos ao conhecimento humano, mas sim, também, ao rígido critério da vaidade como, por exemplo, uma vendedora que foi demitida de uma loja de roupas por estar acima do peso, não atendendo ao perfil desejado pelo estabelecimento. Com isso, em reverência a essa repudiação, princípios de distúrbios são desenvolvidos e manifestados à saúde de um indivíduo entre eles, anorexia, bulimia e depressão, podendo causa à morte do sujeito, assim como afirma a psicóloga Marina Oliveira em suas pesquisas concernente a padronização corporal.             Ademais, convém frisar que a "corpolatria" pode ser considerada, repetidamente, um status de poder. Em consideração ao desejo de ir ao encontro com a perfeição absoluta, muitos, acabam buscando alternativas desenvolvidas pela medicina - asteróides, anabolizantes, hidrogel e cirurgias plásticas - as quais, em grandes números, são consequências de resultados inesperáveis. Uma prova disso foi o cenário desesperador em que sofreu a modelo e apresentadora Andressa Urach, após inúmeras aplicações de hidrogel na região dos membros inferiores, seu organismo foi vítima de infecções que colocaram sua saúde e vida em risco, quase não apresentando soluções para reverter à situação.      Dessa forma, ficam claros os reais motivos no que tange o culto a padronização corporal no Brasil, clamando assim, por soluções para amenizar esse quadro alarmante. Para isso, cabe à mídia persistir em propagandas sobre os males do exagero estético, através de cenas informativas relatando a necessidade de cuidados e os possíveis problemas futuros referentes à saúde. Além disso, às instituições de ensino deve proliferar a temática desde a fase mais tenra e precoce da vida de um estudante, por meio de palestras com psicólogos e nutricionistas abordando o assunto, informando a necessidade de uma boa alimentação e os cuidados com o corpo, a fim de amenizar a situação e evitar futuros riscos nos padrões estéticos.