Enviada em: 15/08/2017

Homogeneização da beleza: a realidade social        Entre os efeitos da globalização intensificada no Brasil em meados do século XX, a padronização civil é uma das mais preocupantes. Nela, encontra-se a ideia de corpo perfeito que, de forma gradativa, vem exercendo pressão sobre a sociedade. Segundo pesquisas, 83% das mulheres confessam ter cobranças para atingir determinado corpo. Nesse contexto, seu debate faz-se importante.     Em primeira análise, é válido mencionar que ela ocorre pelo pensamento predominante de padrões de beleza e desvalorização da alteridade . Deve-se, sobretudo, à ampla divulgação dada por meios de comunicação de massa, porquanto provocam a aceitação de valores dominantes. Segundo o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, o ser humano toma o campo de visão como realidade.      Outrossim, a padronização do corpo é um dos efeitos da sociedade patriarcal conservadora. Desde os tempos remotos, cultiva-se a ideia de que a mulher deve, de qualquer forma, ser objeto sexual dos homens e ser dona de casa. Por conseguinte, há uma cobrança para atingir o que é uma "beleza incontestável", com o intuito de ter reconhecimento alheio e obter prestígio social.          Destarte, urge a adoção de medidas a fim de mitigar o atual cenário, que não é satisfatório. No âmbito federal, o Ministério da Cultura e o Ministério das Comunicações devem, por meio de campanhas em meios de comunicação, promover campanhas de combate à padronização com o intuito de evitar o surgimento de casos. Ademais, Organizações Não Governamentais devem, por meio de debates em instituições sociais como a família e a escola, estimular exercícios à alteridade.