Enviada em: 19/09/2017

Para o sociólogo Émile Durkheim, as padronizações em sociedade fogem à consciência individual e, devido a isso, são produtos da coerção social. Com isso posto, os nocivos padrões de beleza atuais seguem à risca a teoria do francês, haja vista que os excludentes esteriótipos de magreza e de corpos musculosos ainda vigoram, sob influência da mídia, mesmo que em detrimento à saúde.  Sob esse viés, no intuito de seguir modelos corporais indiretamente impostos, inúmeras pessoas submetem-se a invasivas cirurgias plásticas e a sacrificantes dietas em busca de aceitação e reputação no meio social. Sob esse cenário, vê-se que quem adere a esses procedimentos vão ao encontro da teoria kantiana de que belo é aquilo que agrada - tornando-se, assim, vítimas de uma restrita imposição estética.  A posteriori, as degradantes influências nos padrões de beleza não se limitam à mídia ou ao convívio social, tendo em vista que desde o Renascimento Cultural há esteriótipos de corpos musculosos e sem pelos. Sob essa perspectiva, a busca incessante pelo corpo perfeito acarreta uma série de doenças como a bulimia, anorexia e vigorexia. Por fim, sabe-se que o "per" "feito" (feito até o fim) nunca é, de fato, alcançado e, devido a isso, essa problemática deve ser sanada.  Para tanto, infere-se que é necessário uma regulação da mídia quanto a restrição das várias formas de beleza, de modo a cessar a busca por um corpo inalcançável, auxiliando, dessa forma, na fuga da coerção da beleza. Paralelamente, veículos publicitários devem promover campanhas, com auxílio do Estado, de modo a enaltecer as severas consequências que uma busca incessante por uma perfeição inatingível pode causar, com o intuito de diminuir os casos de doenças voltadas à nutrição estética.