Enviada em: 15/08/2017

Na clássica pintura de Leonardo da Vinci, "A Monalisa", fica evidente que o padrão de beleza global ,em 1503, eram moças com feições robustas e rostos redondos. Na atualidade, fica claro como o conceito de beleza inverteu-se. Ser magra agora é ser aceita. Nesse contexto, os principais motivos para um debate na sociedade brasileira são: A forma como a indústria da moda padroniza os tamanhos de roupas e o apelo das novelas e filmes em mostrar a mocinha mais desejada sendo magra.     Não é difícil perceber durante um passeio ao shopping a forma como são organizadas as vitrines da maioria das lojas. Comumente estão com manequins esguias. E as mulheres que não possuem o corpo parecido com a desses manequins se sentem desvalorizadas. Essa situação se agrava quando ao procurar roupas para seu tamanho, a mulher só encontra tamanhos menores. Pois a maioria das lojas comercializa os tamanhos P e M em maior quantidade, enquanto os tamanhos G e acima são minoria.       Sabe-se que mais de 80% das brasileiras não sentem-se satisfeitas com seu corpo. Muitas se negam a sair de suas casas por vergonha de estar fora do modelo aceito socialmente. Entretanto, dentro de seu imóvel há meios pelos quais essas mulheres também sofrem essa pressão da beleza: A mídia. As emissoras de TV tem como maior parte de seus telespectadores, durante a transmissão de uma novela, o público feminino. E enquanto assistem a história da trama, se deparam quase que exclusivamente com protagonistas de corpos magros. Um exemplo claro disso é o fato da atriz que interpreta Maria Leopoldina, na novela "Novo Mundo", ser magra, ao contrário do que realmente era a imperatriz do Brasil. Isso ocasiona um imaginário de que somente a magreza é aceita, e o que for contrário a isso é feio ou errado. Com esse sentimento de rejeição ao corpo, muitas das mulheres tomam remédios para emagrecer descontroladamente, forçam vômito e ficam doentes, em alguns casos levando a óbito.    Diante do exposto, medidas devem ser tomadas. Cabe ao Ministério da Educação em parceria com uma rede de psicólogos devem elaborar palestras em instituições de ensino para todas as faixas etárias, abordando a importância em alimentar-se de maneira saudável, praticar atividades físicas, mas sobretudo, aceitar as diferenças estéticas de cada corpo. Ademais, o MEC também deve entrar em contato com as emissoras de televisão e debater a possibilidade delas criarem novelas que retratem melhor a condição física da maioria das mulheres, e não de forma tão idealizada. Além disso, leis devem ser criadas para que a produção dos tamanhos das roupas seja de acordo com a demanda da população. Assim, espera-se criar um país em que os brasileiros aceitem sua própria imagem diante do espelho e vivam em paz consigo mesmos.