Enviada em: 20/08/2017

Desde a Grécia Antiga, o culto ao corpo tornou-se uma questão tão importante que o vigor físico e a perfeição corporal passaram a ser considerados critérios de beleza. Sendo assim, a busca contínua pelo corpo perfeito ganhou destaque na atualidade. Esse fenômeno, é resultado de uma sociedade altamente influenciável pela mídia que, por sua vez, impõe um rígido padrão de beleza e aceitação social. Tal padrão funciona como uma ferramenta de discriminação e pode gerar riscos à saúde, o que justifica, portanto, a necessidade de repensar os limites da vaidade.      Nesse contexto, é crucial analisar que nas sociedades modernas há uma crescente preocupação com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir do seculo XX, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. Diante disso, é notável na sociedade brasileira que a população tem buscado cada vez mais por medicamentos capazes de inibir o apetite ou quaisquer processos estéticos. Porém, parte desses procedimentos nem sempre são bem sucedidos como o exemplo de Andressa Urach que ficou internada com altas aplicações de hidrogel e compra de medicamentos para auxiliar na busca do corpo perfeito.      Ademais, é importante lembrar que a busca pelo corpo ideal aumenta o número de casos de distúrbios alimentares, como a anorexia e a bulimia, que tem impactos diretos à saúde, por causar a falta de nutrientes essenciais ao corpo, podendo levar à problemas psicológicos e até à morte. A título de exemplo o filme "O Mínimo Para Viver" que retrata exatamente a condição em que vivem as pessoas acometidas pela anorexia. Destaca-se, ainda, que segundo a Academia Nacional de Medicina, 15% dos pacientes que sofrem de bulimia e anorexia vão ao óbito.     Diante dos fatos apresentados, fica evidente a necessidade de estabelecer limites à vaidade excessiva. É fundamental que os meios de comunicação incentivem um modo de vida mais saudável e evitem impor um estereotipado padrão de beleza das revistas e novelas. Ademais, a criação de ONG'S especializadas para auxiliar as pessoas com transtornos alimentícios. Associado a isso, investimentos em palestras em centro comunitários e educacionais, referente a processos estéticos sem acompanhamento de profissionais e exames prévios, e até onde a modificação corporal pode ser prejudicial a saúde. Dessa forma, a saúde ocupará o primeiro plano em vez da obsessão pelo físico.