Enviada em: 18/08/2017

O culto ao corpo tornou-se, ao longo dos anos, cada vez mais frequente na adolescência e na juventude brasileira, constituindo uma verdadeira obsessão tanto em homens como em mulheres. A obsessão com a imagem corporal e sua padronização transformaram-se num dos traços característicos das sociedades desenvolvidas, onde um físico esbelto e musculoso é associado ao sucesso e à atração sexual. No entanto, as consequências são cada vez mais drásticas: doenças mortais e psiquiátricas e tendências obsessivo-compulsivas e viciantes.     Ao longo da História e da Literatura há o cultivo da padronização corporal e o culto à perfeição em diversos períodos. Na Grécia Antiga, os homens, em especial, modelavam seus corpos em ginásios e preparavam-se para os jogos olímpicos, sendo tratados como ícones pelo resto da população. Não obstante, houve no Brasil em meados do século XIX, o período literário parnasiano, caracterizado pela valorização da estética e busca da perfeição. A poesia passou a ser enaltecida por sua beleza em sí e, portanto, deveria ser sublime no ponto de vista estético e não pelo contexto de significação poético que suas palavras traziam.      As práticas efetuadas por aqueles que seguem a padronização corporal: ingestão de anabolizantes, hormônios de crescimento, cirurgias plásticas e indução ao vômito, vêm tornando-se uma problemática ao trazer vícios e desencadear impasses ao físico humano como a anorexia, bulimia, vigorexia e infecções graves pelo uso de substâncias e remédios tóxicos ao organismo humano, levando  o indivíduo à morte em várias ocasiões.      A linguagem corporal, deve ser trabalhada a fim de que não ofereça mais distúrbios à população. A estimulação de  pesquisas e estudos sobre insatisfação corporal em crianças e adolescentes, para que se possam estabelecer estratégias preventivas devem ser realizadas pelas escolas; o contrato de agentes de saúde pelas academias e centros de estética a fim de instruir os frequentadores; fiscalização de propagandas apelativas com fins estéticos pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária.