Enviada em: 16/08/2017

Na juventude e na idade adulta, o culto à performance continua de várias formas no cotidiano dos brasileiros. Cuidar do corpo, por exemplo, deixou de ser uma questão de saúde e bem-estar e passou a ser um princípio exclusivo da estética. Nesse âmbito, é necessário analisar as causas e as consequências dessa problemática que, diariamente, converte à sua lógica milhares de indivíduos.    É fundamental pontuar, de início, que a Indústria Cultural da Nova Ordem Mundial, conforme proposto na teoria do filósofo Theodor Adorno, tem como objetivo homogeneizar determinados padrões na sociedade. Desse modo, as formas corpóreas são idealizadas e difundidas pela mídia em filmes e novelas que agregam um sinônimo de felicidade. Não por acaso, nos últimos anos, as pessoas buscam, principalmente, através de cirurgias plásticos e dos esteroides anabolizantes, tal felicidade que agrada olhos alheios e, sobretudo, que esconde em seus bastidores a lógica do próprio capitalismo ( lucrar e vender produtos).   Outrossim, é importante pontuar, ainda, que os caminhos supracitado em prol da conquista do corpo ideal, na maioria das vezes, acabam por comprometer a saúde pessoal. No Brasil, assim como em diversos países, jovens e adultos enfrentam problemas psicológicos, os quais são motivados pelo preconceito que parte da sociedade faz em relação aos que não seguem as doutrinas corpóreas impostas. Ademais, os procedimentos cirúrgicos e os anabolizantes alteram o funcionamento do metabolismo e, assim, provocam distúrbios cardiovasculares, insônias, dores de cabeça e, inclusive, levam  à morte.    Levando em consideração esses aspectos, medidas fazem-se necessárias para mitigar os problemas advindos da busca pelo corpo ideal. É preciso que o Governo Federal, em parceria com as ONG's relacionadas à questão, em conjunto, utilizem as mídias para conscientizar a população acerca da importância de cada indivíduo sentir-se bem, independente dos padrões corpóreas impostos. Em adição, as associações municipais e as escolas podem abrir espaços para debates e esclarecer os perigos à própria qualidade de vida quando o desejo do corpo perfeito torna-se abscessão. Quem sabe, assim, cuidar do corpo volte a fazer relação, a priori, com a saúde em detrimento do prazer e de padrões puramente idealizados e perversos.