Enviada em: 18/08/2017

“As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”. O famoso verso do poeta Vinicius de Moraes parece fazer alusão ao grande desafio da padronização corporal. Atualmente corpos magros, saudáveis, atléticos e harmoniosos são sinônimos de beleza, qualidades supervalorizadas e, ao mesmo tempo, cobrada e imposta pela nossa sociedade. Um culto ao corpo e à beleza que movimentam dentro do sistema capitalista bilhões de reais em produtos e serviços e faz milhares de pessoas, se submeterem a dor e ao sofrimento, a fim de terem o corpo desejado.   Dessa forma, dados afirmam que o Brasil é o primeiro no ranking de cirurgias plásticas, essa indústria de fabricação de beleza tem aumentado exponencialmente, aproveitando da deficiência de analise critica da sociedade. Prova disso, o filósofo Karl Marx,  nos mostra a ideia de que o pensamento que prevalecente em uma sociedade é comumente imposto pela classe dominante. As imposições da sociedade, que dobram a busca pela beleza, oprimem os que não se encaixam nesse padrão, tendo como consequência o aumento do número de casos de depressão, ansiedade, suicídio.  Sendo assim, os gregos, nos idos do século XIX, nos ginásios multiplicavam-se e os manuais médicos começavam a chamar a atenção para as vantagens da prática de exercícios físicos como prerrogativa para uma vida saudável. No início do século XX, surge a concepção de que mulher magra era sinônimo de beleza. O corpo magérrimo tornou-se uma moda alguns e para outros uma obsessão. Os bons casamentos passaram a depender desse aspecto de “boa aparência”.    Observa-se, portanto, que cabe ao Ministério da Educação, aliado as escolas da rede pública e privada, deverá realizar palestras educativas, ministradas por professores e educadores, que abordem o tema. Cabe ao governo, em parceira com ONG’S, implantar programas sociais de saúde e bem estar que promovam: à reeducação alimentar, a prática de atividades físicas e palestras sobre as formas corretas de como cuidar do corpo.