Enviada em: 21/08/2017

"Meu corpo não é meu corpo. É ilusão de outro ser". A famosa frase de Carlos Drummond de Andrade consegue sintetizar com precisão o pensamento da padronização corporal que existe no Brasil. Soma-se a essa problemática, a ação da mídia associada com o estímulo de distúrbios alimentares.        A partir da segunda metade do século XX, inicia-se uma nova fase, a Terceira Revolução Tecnológica, e os impactos dos seus avanços estão na forma que os veículos de comunicação usam seus mecanismos para vender suas ideias e produtos. Pode-se observar nos dias de hoje, a busca incessante pela imagem perfeita, e a forma como homens e mulheres absorvem a quantidade de informação que incentiva a insatisfação com a aparência.      Dessa forma, é crescente o número de jovens que têm propensão a distúrbios alimentares, tais como a bulimia, anorexia. Já que tal geração é o foco, pois estão em constante contato com os veículos de informação, dentre eles, as redes sociais disponíveis em smartphones, que contam com o uso de imagens publicadas. Pesquisa feita em 2016 pelo site Terra, aponta que a obsessão pela aparência perfeita, pode levar, em casos extremos, a suicídio. O advento da ''selfie'', que quer dizer uma foto tirada pela própria pessoa, alimenta ainda mais tal neurose.              Diante desse cenário, faz-se necessário a ação do Conselho Nacional de Autorregulamentação (CONAR) em regular propagandas que estimulem às pessoas a seguirem padrões, e desconstruir a ideia de que existe corpo ideal.Outrossim, o Ministério da Educação, por meio de intervenção pedagógica, implantar palestras e jogos educativos em escolas públicas e particulares com o intuito de despertar a aceitação pessoal, e incitar a evolução física e psicológica.