Enviada em: 17/08/2017

Em meados do século 17, o Renascimento foi responsável pela exaltação de valores antropológicos oriundos da cultura greco-romana. Consequentemente, o culto ao corpo e as formas humanas foram um dos maiores fatores desse movimento. Da mesma forma, no Brasil, atualmente, ocorre uma super valorização do corpo e da aparência, que, no entanto, é problemática por criar a exclusão dos que não estão nos padrões, além de causar problemas de saúde.    Em primeiro plano, é possível afirmar que os que não se enquadram aos padrões de beleza impostos acabam sendo julgados por muitos. Muitas entrevistas de emprego refletem tal comportamento excludente, onde pessoas são recusadas ,simplesmente, pela aparência, e não por capacidades profissionais. De tal forma que, cultuar um padrão de beleza específico se torne uma prática preconceituosa.    Além disso, muitas pessoas que buscam se enquadrar aos padrões acabam esquecendo de seu padrão de saúde. Segundo Darwin, a diversidade é o que nos faz evoluir e perpetuar, entretanto alguns não vem com bons olhos essa realidade. Para ilustrar, podemos citar os inúmeros casos do Ken humano -pessoas que almejam parecer bonecos padronizados-, onde houveram fatais, devido a inúmeras cirurgias, como prova de que beleza nem sempre é sinônimo de saúde.    Em síntese, conforme supracitado, o culto ao corpo tem ido além de seu caráter estético e tem se tornado um problema da nossa sociedade. Por consequência, medidas devem ser adotadas para resolução desse impasse. Cabe ao legislativo a criação de punições a empresas que adotem práticas preconceituosas em relação a aparência dos candidatos, por meio de multas e, em último caso, o fechamento da empresa. Cabe também, a criação de núcleos de apoio psicológico no sistema de saúde público, para pessoas que sofrem transtornos por essa imposição de padrão, visando ajudar pessoas a se aceitarem do jeito que são.