Enviada em: 17/08/2017

A ideia da perfeição corporal, desde a Grécia Antiga -onde se tem registros históricos e religiosos que revelam o culto ao corpo - até hoje, sofreu inúmeras mudanças, seja na cor do cabelo, na altura, na definição muscular, no excesso ou falta de peso; mas nunca teve tanta pressão para ser conquistado, como se tem hoje, principalmente no Brasil, devido a idealização da "mulher brasileira", que deve seguir rigorosos padrões estéticos que foram se formando de acordo com uma cultura sexualizada.            Pode- se confirmar que é natural do homem  seguir certos padrões para que seja aceito em determinados grupos, ao analisar essa situação por um ponto de vista aristotélico; quando o filósofo diz que o ser humano é social: necessita viver em comunidade e estabelecer relações interpessoais. Mesmo que isso traga certos infortúnios para os indivíduos, é de sua própria natureza modificar-se para ser aceito socialmente, porém não é saudável quando essa modificação dá-se de forma exagerada e não natural, como inúmeras pessoas fazem atualmente, com o uso de anabolizantes, dietas rigorosas e exercícios excessivos.             De acordo com Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de pensar. Ao seguir esta linha de raciocínio, observa-se que o culto à padronização corporal se encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que se uma criança vive em meio a esses ideais, tende a adotá-los também, por conta da vivência em grupo. E tal aculturamento deve ser evitado e combatido, tendo como  protagonistas, a tríade Estado, escola e mídia.               O Estado, pelo seu poder regularizador, deve punir indivíduos que comercializem e distribuem substâncias como anabolizantes,que receitam dietas rigorosas e processos de risco. A escola com seu caráter socializador, deve ensinar aos alunos quais os riscos de realizar mutações bruscas no corpo, que a saúde deve ser prioritária, e por fim, a mídia deve lançar campanhas que mostrem como o corpo natural também pode ser bonito, e que desmistifique a teoria de que o corpo, para ser bonito, deve ser artificial e  extremo.