Enviada em: 21/08/2017

Em meio a um cotidiano, onde estar dentro do "padrão" de beleza imposto pela sociedade, tornou-se quase um objetivo vital, quem não se encaixa neles, vive uma vida cheia de rótulos. Enquanto esse padrão for o europeu, e for reforçado com intensidade pelas mídias sociais, o brasileiro nunca estará feliz com seu corpo. Diante disso, urgem medidas que consigam contornar essa situação. Nesse contexto, é importante ressaltar a questão das redes sociais como uma das principais corraboradoras da ditadura do corpo perfeito, que por meio dos influenciadores digitais, geram um culto à esse corpo, como sendo magro, definido e escultural, tal ao estilo das esculturas helenísticas. Como consequência, segundo o jornal Estadão, houve o aumento considerável do número de vítimas de gordofobia, no ano de 2016. Outrossim, é notório que vivemos em um país com maioria parda (mulata, cabocla, mestiça ou cafuza) mas que, infelizmente, tem o padrão de beleza europeu como referência. Tal estereótipo se faz perceptível seja no uso de maquiagem em tons mais claros, ou no costume de alisar cabelos cacheados e crespos, na intenção de antigir esse padrão. É imprescindível, portanto, que haja uma ação sinérgica entre as instituições de ensino e a família, na conscientização dos jovens por meio de palestras com pessoas de diversos tamanhos e raças. À mídia, cabe o papel de promover campanhas que exaltem a diversidade que realmente existe no Brasil. Dessa maneira, tentando mudar como os brasileiros enxergam a beleza em suas diferentes vertentes.