Enviada em: 20/08/2017

Desde os processos denominados revoluções industriais e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. O culto ao corpo conta com uma crescente preocupação impulsionada pelo processo de massificação midiática que ajuda a criar novos padrões de aparência e beleza. Sob essa ótica, é necessário que haja um debate acerca dos novos valores culturais de consumo que projetam imagens de estilos de vida, uma vez que essa concepção pode trazer inúmeros malefícios à sociedade.   "As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental" é um famoso verso do poeta Vinicius de Moraes capaz de sintetizar muito bem o pensamento hegemônico vigente há alguns séculos. Analogamente, as redes têm maximizado a desconstrução do indivíduo ao oferecer, para as postagens de fotos e vídeos, melhores ângulos carregados de edições para a aproximação de um ideal que está em vigor. Tal modelo é apresentado à sociedade como fator determina o bem estar da sua identificação.   Ivo Pitanguy, um dos maiores e melhores cirurgiões plásticos do Brasil, afirma que todos têm direito de corrigir algo que não agrade em sua imagem. De acordo com o Datafolha, entre 2004 e 2006, o número de brasileiros que se submeteram à plástica saltou de 616 mil para 700 mil. Outrossim, os programas de televisão, as revistas e os jornais têm dedicado espaços em suas programações cada vez maiores para apresentar novidades em setores de cosméticos, alimentação  e vestuário. Em virtude dos argumentos apresentados, pessoas que não seguem esses padrões são altamente reprimidas e isoladas, muitas sendo vítimas de depressão e baixa autoestima. É imprescindível que todos se conscientizem desses estereótipos, na tentativa de criticar os padrões impostos pela sociedade. Para obter-se isso, o CONAR deverá regular propagandas que incitem a adoção de padrões estéticos. Ademais, o Ministério da Educação, aliado às escolas, deverá realizar palestras educativas ministradas por professores e educadores que abordem o tema.