Enviada em: 20/08/2017

O Cinema Hollywoodiano difundiu novos valores da cultura de consumo criando novos padrões de aparência e beleza. Foi a partir do século XX que começaram a ser projetadas imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro. Infelizmente, a sociedade contemporânea sofre intensamente com essa ditadura da beleza, a qual causa sérios danos a saúde física e mental do indivíduo. Por isso deve-se ser observados aspectos sociais, econômicos e culturais dessa padronização corporal no Brasil.     Um dos grandes precursores desse problema é a mídia, a qual massifica o consumo desenfreado, tendo como alvo principal adolescentes. Desenvolve modelos de roupas estereotipados; junto a indústria de cosméticos lança a cada dia novos cremes e géis redutores para eliminar as "formas indesejáveis" do corpo e, também, as indústrias farmacêuticas faturam demasiadamente com medicamentos que inibem o apetite. Com isso, ela consegue manipular o seu público alvo tornando-os alienados de um modelo de vida cujo objetivo principal é o ''corpo perfeito''.      Assim sendo, nas sociedades modernas, há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e há um consumo excessivo de cosméticos. Isso tudo pelo fato de ter sido criada uma cultura que preza a beleza acima de qualquer valor, por isso dados revelam que 80% das mulheres se sentem pressionadas a atingir um padrão de beleza ''perfeito'', o qual sabe-se que não existe. A prova disso é o fato de o Brasil liderar o número de procedimentos cirúrgicos, como a mamoplastia de aumento, lipoaspiração e a rinoplastia. De tal forma, muitas mulheres, principalmente, desenvolvem transtornos alimentares: anorexia, bulimia e vigorexia que são consequências pela busca da alteração da imagem corporal. Essas doenças causam graves problemas de saúde, a falta de apetite, alterações no humor, depressão e o isolamento social, por exemplo.       Contudo, esse é um assunto de fundamental importância nos dias de hoje. Por isso, é dever dos órgãos de publicidade, como a CONAR (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária) fiscalizar e limitar publicidades que tenham como foco a "padronização do corpo" e que estimule apenas a busca pelo "corpo perfeito" com o objetivo de quebrar essa cultura de beleza idealizada pela própria mídia. Ademais, é necessário que os meios de comunicação junto com as campanhas publicitárias englobem todo tipo de beleza, apresentando ao consumidor a importância da autoaceitação e de como é essencial ter um estilo de vida saudável. As escolas, também, devem criar debates e palestras que instruam seus alunos a terem uma visão diferenciada do padrão de beleza imposto pela mídia e pela sociedade, informando-os dos problemas que esses padrões, muitas vezes, causam.