Enviada em: 29/08/2017

O corpo perfeito             A beleza é formada por variados tons, formas e por conseguinte, opiniões. Não existe um padrão correto a seguir, compreendendo que entre as muitas diferenças, estão as mais belas distinções, já que um rosto, entre infinitas outras faces, ainda continuará a ser único. Então, por que normas sempre continuarão a ser ditadas?          No meio social, regras são padrões estipulados, para colocar as pessoas em caminhos ordenados de controle, e isto se encaixa, com a necessidade constante em ditar tamanhos e modelos, para que muitos possam ser aceitos. É simples realocar toda uma vivência, necessidades, diferenças físicas, em silhuetas gravadas em capas de revistas e se esquecer das reais visões do que é ser saudável e belo.          Cada corpo, cada forma, reflete uma situação: descendência genética, estilo de vida, circunstância emocional e principalmente, aceitação. A vontade em enquadrar os indivíduos em classes de padrões, isola toda uma possibilidade, em conhecer de fato, o que há no interior íntimo de cada consciência. Muitos veneram corpos objetificados, pois é simplista esquecer ou julgar, toda uma gama de realidades, que resisti por trás.                  Não se deve esquecer que em um mundo de quase 8 bilhões de identidades únicas, negros, asiáticos, latinos, e assim sucessivamente, contemplam toda uma variedade de formatos físicos, fazendo com que o Brasil, um local amplamente miscigenado, seja um propício reflexo dessas diferenças. Cultuar apenas uma forma é esquecer estas belezas, estas histórias. Adorar corpos de tabloide, como sendo espelhos da realidade, é ir para um local gélido de esquecimentos, onde sua verdadeira vontade se anula. O real ponto é que, ao caminhar para longe, buscando sempre saúde e harmonia, o equilíbrio correto é alcançado.