Enviada em: 10/08/2018

O filme "Vidas Cruzadas" retrata a vida de uma mulher negra, pobre e empregada doméstica no século XX que vive as dificuldades de se integrar em uma comunidade que é racista e elitista. À vista disso, a obra aborda as dificuldades de se conviver em sociedade, visto que as diferenças levam a exclusão de certos grupos. Nesse sentido, os principais fatores que prejudicam a harmonia de se viver em coletivo é a intolerância e a passividade do Estado diante dela e ambas precisam ser combatidas.              Em primeiro plano, segundo Zygmunt Bauman, o individualismo é uma das caraterísticas do pós-modernismo, consequentemente, parte da sociedade tende a não tolerar diferenças. Em virtude disso, a intolerância vem sendo uma das dificuldades de se conviver em grupo, uma vez que esse problema fragmenta o corpo social e causa exclusão. Dessa maneira, os cidadãos de baixa renda, por exemplo, que recebem auxílio do governo pelo Bolsa Família são duramente criticados por quem não vive a mesma realidade, mesmo que o benefício ajude cerca de 50 milhões de pessoas a não entrarem para o mapa da fome, segundo o portal G1. Logo, a resistência de se colocar no lugar do próximo e perceber as suas necessidades divergentes é um dos desafios do convívio social.                  Ademais, segundo Thomas Hobbes, o estado de natureza do homem é conflituoso e apenas um poder soberano poderia tomar as rédias da situação. Em razão disso, o Estado foi criado para controlar e punir, entretanto, a sua passividade em manter a ordem e a racionalidade vem proporcionando um estado de caos. Desse modo, os crimes de ódio são cometidos sem que sejam devidamente punidos e, assim, motivando os demais agressores a praticarem o ato e prejudicarem a integridade do corpo social, assim como aconteceu com o caso da meteorologista do Jornal Nacional, Maju Trindade, que sofreu milhares de ataques racistas nas suas redes sociais e por conta da ineficiência do Governo, poucos praticantes desse episódio foram achados e condenados.                  Entende-se, portanto, que cabe à Secretaria de Comunicações Sociais, junto com o Governo Federal ,por intermédio de um projeto de integração da sociedade, promover uma série de propagandas em redes de televisão abertas que conscientizem o indivíduo sobre certos temas, como, por exemplo, a necessidade do auxílio às famílias de baixa renda, posto que além de combater a fome no país, também combate o analfabetismo, pois mantém a obrigatoriedade dos menores de idade que recebem o apoio a irem a escola. Dessa forma, o Estado tende a levar um pouco da realidade do próximo para que as pessoas consigam entender e respeitar.Por fim,cabe à Polícia Federal, por meio de investimento em áreas cibernéticas, investir em capacitação para busca de IP's (identificação dos computadores) para achar malfeitores, principalmente na internet onde o Estado tem menos acesso, e puni-los.