Enviada em: 28/07/2018

A Terceira Revolução Industrial, iniciada no século XX, provocou inovações no campo da informática e automatização dos processos produtivos. Essa revolução tecnológica, sobretudo no Brasil, ocasionou mudanças nas relações trabalhistas e ascensão do desemprego. Ora, paradoxalmente, o avanço tecnológico proporcionou uma melhoria no setor industrial e de serviços e diminuição do número de empregos.        Nessa perspectiva, a falta de qualificação profissional em um mundo cada vez mais globalizado e tecnológico é um dos fatores para alta do desemprego. Conforme o ativista Martin Luther King, todo progresso é precário, e a solução para um problema eleva o indivíduo diante de outro problema. Nessa lógica, tal “progresso” beneficiou somente uma parcela da sociedade, enquanto a população marginalizada sem oportunidades de realizarem um curso técnico ou superior não conseguem ingressar no mercado de trabalho. Segundo o levantamento realizado pelo estudo do Fórum Econômico Mundial, as revoluções tecnológicas encerrarão sete milhões de vagas até 2021. De fato, ao passo que a tecnologia é o motor fundamental para o desenvolvimento, a mesma cria um abismo para a desigualdade.        Por conseguinte, a população desempregada e excluída é obrigada a trabalhar em empregos precários, mal remunerados e sem garantia de direitos como, férias, seguro desemprego e aposentadoria. Dessa maneira, o indivíduo sem registro de carteira de trabalho, vive sem nenhum direito, e o Estado perde a arrecadação tributária e previdenciária. O PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) afirma que, em 2017, o emprego sem carteira assinada superou o trabalho formal. Logo, o governo deve criar um plano de medidas que reduzem a burocracia e aumentam a produtividade, afim de estimular a economia e gerar mais empregos.        Transformar, portanto, essa realidade de desemprego requer que o Ministério da Educação e Cultura (MEC) fortaleça os programas de formação profissional – Pronatec, por meio de cursos de capacitação e disponibilização de mais vagas, com intuito de qualificar e possibilitar o ingresso da população no mercado de trabalho. Outrossim, o Ministério do Trabalho deve elaborar medidas que diminuam os tributos incidentes na folha de pagamento e facilitar o acesso ao crédito, principalmente de pequenas e médias empresas, com o objetivo de tornar sustentável a continuidade das empresas e  postos de trabalhos.