Enviada em: 22/07/2018

Desemprego estrutural, conjuntural, tecnológico. Não faz sentido o direito ao trabalho estar consagrado na Declaração Universal dos Direitos Humanos e ainda assim ter tantas formas de descumprimento. Com os níveis de dispensa aumento no Brasil, é imprescindível discutir a precarização das atividades e a falta de esperança que gera no indivíduo.       Apesar da existência de leis que podem proteger o trabalhador, o crescimento do número de pessoas procurando emprego possibilita a redução de salários e o enfraquecimento da representação. Na medida em que o cidadão percebe-se desnecessário, vê-se obrigado a aceitar remuneração inferior e manobras que ampliam a carga horário, como o home office e ocupação temporária. A situação torna-se mais crítica uma vez que o Estado está aliado ao empresário e não representando o brasileiro, fato confirmado, sobretudo, pela reforma trabalhista aprovada em 2017.       Segundo dados divulgados pelo IBGE em 2018, o desemprego alavancou 1,3% em 6 meses. Além da consequência social mencionada, com as demissões evoluindo, a saúde psíquica do indivíduo também é profundamente afetada. Já que, a impossibilidade de sustentar-se gera a perda da dignidade, afeta os vínculos familiares e sociais e é responsável pelo desencadeamento de depressão. Nesse contexto, o pessoa desenvolve uma desesperança capaz de inabilitá-lo a continuar a busca por uma posição no mercado, podendo perpetuar sua condição.       Visando mudar esse cenário frágil das relações trabalhistas no Brasil, portanto, urge que sindicatos de todo o país, através de redes sociais, divulguem empresas que precarizam o emprego, por meio da terceirização ou contratos temporário, com o objetivo de tornarem-se porta voz do trabalhador e influenciadores da sociedade. Dessa forma, obtendo o apoio da sociedade civil, mediante a não utilização do serviço ou produto de determinada indústria. Além disso, é importante que eleitores cobrem propostas sociais dos candidatos durante as eleições.