Enviada em: 21/07/2018

A crise de superprodução nos Estados Unidos, em 1929, teve graves reflexos que afetaram todo o corpo social, como a falência de empresas e o desemprego, além de desencadear uma recessão econômica global. O Brasil contemporâneo encara um cenário parecido, incitado pela insta-bilidade econômica e redução dos postos de trabalho. Tal conjuntura cul- mina no aumento da força de trabalho ociosa e crescimento do trabalho informal, e atinge o sustento e o bem-estar da população.        Mormente, é necessário analisar que outros fatores,além da retração financeira, são responsáveis por aprofundar o desemprego. A mecanização e robotização de atividades, processo iniciado durante a Revolução Industrial, acaba por diminuir consideravelmente os postos de trabalho. Logo, muitos indivíduos são dispensados:  de acordo com o IBGE, no início de 2018 o desemprego chegou à 13%. Com isso, a economia familiar vê-se fragilizada, culminando no aumento de pessoas na linha da pobreza.       Outrossim, a escassez de vagas torna o mercado competitivo e requer cada vez mais capacitação do empregado. Contudo, o quadro da educação brasileira é extremamente desfavorável, contando com altos índices de evasão escolar e pouca infraestrutura. Logo, frente a esse entrave ao desenvolvimento e especialização do trabalhador, a população economicamente ativa recorre ao trabalho informal, não regulamentado. Tal alternativa pode ser prejudicial ao trabalhador, que não possui amparos como décimo terceiro, férias remuneradas, além de não ter renda fixa.       Urge, portanto, diante dessa problemática que permeia o trabalho no Brasil, que as Secretarias Municipais, aliando-se à serviços como o SEBRAE, propiciem a geração de novos empregos por meio de incentivos fiscais à novas empresas e microempreendedores com verbas da União. Ademais, é dever do Ministério da Educação investir e ampliar programas de acesso à educação superior e cursos técnicos, visando a possibilitar a especialização do trabalhador. Com essas medidas, espera-se tornar o cenário brasileiro mais favorável e distante de crises como a de 1929.