Enviada em: 16/07/2018

''O importante não é viver, mas viver bem". Segundo o filósofo grego Platão, qualidade de vida tem tamanha importância de modo que ultrapassa a própria existência. Entretanto, no Brasil, hodiernamente, essa não é uma realidade quando se observa o desemprego e as relações trabalhistas no país. Essa problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pelo descumprimento de cláusulas pétreas, seja pela atuação insatisfatória do Poder Público.         Nessa perspectiva, o artigo 6 da constituição de 1988 afirma ser dever da união garantir emprego e assistência aos desamparados, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra-se deturpado no Brasil, à medida que o número de pessoas que estão em situação de trabalho informal cresce exponencialmente (segundo dados do IBGE), em virtude da crise econômica que o país vem enfrentando desde os últimos anos. Desse modo, essa informalidade afeta tanto as relações trabalhistas como a economia do país.         Nesse sentido, outro ponto que merece atenção, está relacionado às consequências geradas por esse contexto. Como efeito negativo do crescimento do emprego informal, o cidadão fica sem ter acesso a créditos e a direitos fundamentais do trabalhador, além de não contribuir para a situação previdenciária do país. Assim o problema funciona conforme a primeira lei de Newton, a qual afirma que um corpo tende a permanecer no seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando de percurso, o que dificulta a aproximação da realidade em questão.         Diante desses impasses, necessita-se, urgentemente, que o Ministério do Trabalho, por intermédio do Poder Executivo, ofereça mais oportunidades de emprego à população, além de criar uma plataforma digital que sistematize essas oportunidades empregatícias em um aplicativo digital, com o intuito de facilitar a busca, além de movimentar a economia do país, agindo como a força descrita por Newton, mudando o percurso do problema.