Enviada em: 16/07/2018

A história não é unilateral. Os fatos acontecem simultaneamente e conectam-se com o passar do tempo. Sabendo disso, é possível afirmar que com as fases da Revolução Industrial não foi diferente, pois as mesmas são interdependentes e fundamentais para entender as relações trabalhistas e o desemprego do atual século. A primeira delas exemplifica a exploração do trabalhador por parte dos grandes empresários e a terceira, por sua vez, justifica os problemas estruturais do desemprego.   A Inglaterra industrial, em meados do século XVIII, desenvolveu-se tomando a força de trabalho das pessoas  e submetendo-as à exaustivas horas de trabalho. Infelizmente, essa realidade apresenta-se atualmente por trás dos lucros de grandes empresas, como a Zara, por exemplo, acusada em 2011 de deixar trabalhadores manuais em condições análogas à escravidão, durante a fabricação de peças. A consequência para o fato é o aumento do trabalho informal, uma vez que o mesmo é uma alternativa mais viável do que ser brutalmente explorado.   Outrossim, é importante ressaltar que com a dinâmica do mundo globalizado ao decorrer da terceira Revolução Industrial, os jovens ingressantes no mercado de trabalho tornaram-se versáteis e aptos a atuar em diversas áreas; logo, para cargos mais elevados e sofisticados, menos pessoas são requisitadas, já que apenas um empregado multifacetado faz-se necessário. A constatação para o fato se dá ao observar o elevado índice de desemprego em locais desenvolvidos, como na Europa, a título de ilustração. Desse modo, o resultado, mais uma vez, é o trabalho informal.   Fica claro, portanto, que a problemática existe e precisa ser solucionada. Através da ação dos governos dos respectivos países, uma fiscalização rigorosa e a aplicabilidade legal das leis é necessária para amenizar as relações de exploração às quais os trabalhadores menos qualificados são submetidos. Além disso, é necessário que os órgãos responsáveis por estabelecer leis em cada país, determinem um número mínimo de funcionários por empresa, para que a taxa de desemprego formal seja reduzida.